tag:blogger.com,1999:blog-54480169881418809122024-03-08T08:54:24.912-08:00Gritos No VazioSão sentimentos. São emoções. Nada apaga.Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comBlogger274125tag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-8863342015780155712017-06-26T01:55:00.001-07:002017-06-26T02:16:04.673-07:00Valdir Silva Jr"O que tenho medo é de não viver. Não de errar, de sofrer, de perder, ou morrer. Mas de não viver."Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-73174584584324607662017-05-22T21:07:00.001-07:002017-05-23T02:00:28.413-07:00Aborto<p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText'; font-size: 16px;">As vezes eu só queria sumir, evaporar. Em um piscar de olhos deixar tudo aquilo que me faz mal, pra trás. Tudo que me faz mal.</span><span style="font-family: '.SFUIText'; font-size: 16px;"> </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">A dor em minha cabeça aumenta, porque a inconformidade borbulha e transborda. Até quando? Até quando?!</span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Eu só quero não precisar nunca mais. Só quero não contar nunca mais. Porque no fundo ninguém precisa do que preciso contar. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">É triste e desnorteante. O que sinto é um oco espaço sendo sugado em uma espiral pra dentro de mim mesmo. Um tornado de raivas. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Ganância que não nasceu em mim. Ódio que não nasceu em mim. Egoísmo que não nasceu em mim. E tudo isso me impede de dar bastas e chegas. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Um balde de água gelada com o peso de um iceberg. Um recuo forçado, como se acoando sem jaulas, como se um abismo simplesmente brotasse à frente dos meus olhos. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Queria eu talvez ter sido o repúdio e a sobra. Um verme rasteiro que não se ergue. Uma negativa da bênção, um aborto. Um esquecido por querer esquecer. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Queria preencher tudo com raiva, só com raiva. E transbordar em contextos o contexto de desamparo. Eu sou parte de tudo, ou não?</span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Palavras que são só palavras, junções de sílabas sem verdades. Princípios básicos da nobre arte de querer sem querer. Oferecer sem oferecimento.</span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Eu sou um vilão. Por viver assim, por estar assim, por querer assim, por pensar assim. Sou um vilão que não conjuga verbos de gratidão. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">As vezes eu só queria sumir, evaporar. Desistir e apagar. E que minha existência fosse pálida como o reflexo pessoal do meu ser.</span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Eu estou calado.</span></p>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-57759558556402058162017-03-21T02:44:00.001-07:002017-03-21T03:07:30.025-07:00Indícios<p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Se as noites em claro me trazem dúvidas, me fazem cair, sucumbir, de tempos em tempos ir e vir. E lá fora há um espiral de fraquezas, um mundo do cego, perambulando em compasso pelo rastro do fracasso. Se a cada noite vazia me enche de esperança, de daqui ir, e pra lá surgir, e se nada mais me segura ou sugere, o que eu aceito ou acredito é inerte. </span></p><p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Lavo meu rosto, minha alma, meu dorso, cansado de arranhões, de chacoalhões. Eu reduzi a luz, refleti à mim mesmo sem capuz, e deste reflexo surgiram outras e outras portas. Espelhos de mim, caminhos sem fim, e a cada noite em claro eu vislumbro um fim. Me fecho, me liberto, suspiro, alívio. Grito, grito, grito, mas e daí? </span></p><p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Tenho as frases pra me dopar, as pegadas que eu mesmo fiz. Marquei com confetes coloridos, não erro a trilha, não desvio o rumo, não misturo sementes, um riso doente. É o que me resta, vagar no silêncio, passageiro, sigo, sigo, sigo. </span></p><p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Se freneticamente me sinto, ladeira a baixo, percebam a turbulência. Uma mente retalhada, uma centena de palavras, um susto real. Lá fora tudo clareia, todos voltam a existir, e você aonde foi, porque foi, pra quem foi. </span><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Sua mãe não está, seu pai também não, e todos os amigos de outrora dissolveram grão a grão. </span></p><p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Sinto dor, sinto a flor, tem rancor, sem pudor. Culpado de cada ato, ato de ser culpado. Se eu sofro, é calado, e nada disso importa. Entorta, e eu sigo em frente. </span></p><p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Se eu pudesse escolher, tinha feito igual, diferente de mim, mas tudo igual. Se eu quisesse parar, não poderia nem de perto, ser feliz ou amar. </span></p><p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIDisplay-Semibold';">Nada, nada, nada. Eu vou saber onde chegar. </span></p>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-57909455274494664432017-03-13T00:59:00.001-07:002017-03-13T00:59:22.149-07:00Me deixe...<p style="margin: 0px 0px 3px; font-size: 20px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Display'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText'; font-size: 16px;">Há um calhamaço de dúvidas que nem eu mesmo criei. Eu não sei a resposta. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">As palavras se foram, ou a razão sessou. Um silêncio dentro de mim refletiu aqui, e a cada ano que foi se passando, quase uma década, houve a morte da esperança. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">De resposfas mal dadas à verdades cruéis. Tiros no pé e sorrisos fiéis. Eu sentia a necessidade, e ela sufocava até me trancar aqui, e então eu registrava um fúnebre auto-depoimento. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Cada noite, cada dor, cada valsa com a solidão. Eram dias e dias, meses e meses, um infinito abismo do silêncio. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Escrever não é um dom pra mim, um talento da criação. Escrever e um espelho, um reflexo da minha alma. Um bizarro prolapso mental onde exponho do avesso as toneladas de pressão que esmagam minha consciência dia após dia. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">A dez anos atrás, talvez os gritos representassem a liberdade de uma mente livre para sonhar, livre para questionar a violência com que a vida nos amarra, nos sufoca, e eu via tudo isso de fora. Fui engolido abruptamente pela necessidade de encarar a realidade.</span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Hoje em dia, eu não me encontro mais. Aquela mente se foi. É difícil pra mim estar aqui, e não encontrar mais o jeito de dizer o que tenho aqui dentro. Talvez eu tenha me perdido, de mim mesmo. </span></p>
<p style="margin: 0px; font-size: 16px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Desculpa.</span></p><div><span style="font-family: '.SFUIText';"><br></span></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-52667337605951060252017-02-25T09:24:00.001-08:002017-02-25T09:24:39.879-08:00Sobre hoje<div>Se esses olhos enxergassem lampejos do futuro, o que ele teria feito? Se cada passo pudesse ter sido dado certo, e cada dor evitada mesmo antes de acontecer. Como seria?</div><div><br></div><div>Teria feito escolhas melhores, dito frases menores, aprendido tão fácil. Teria sido um exemplo. </div><div><br></div><div>Teria evitado que meus pais sofressem, que meus amigos se fossem, que minhas vontades se perdessem. Que uma dor sequer doesse. </div><div><br></div><div>Teria chorado mais, rido mais, aceitado que a vida te escolhe e não você escolhe ela, e que tudo vai ser trilhado quer queira você ou não. E muitas coisas no final podem dar certo. </div><div><br></div><div>Teria abraçado meus tios, minha irmã, minha vó, meu cachorro, e deixado um último sorriso antes que não pudesse deixar outro sorriso. E que mesmo sem eu saber o que dizer, eu já teria dito que era incondicional. </div><div><br></div><div>Teria apoiado cada escolha de cada amigo, mostrado a eles que tudo que eu sempre quis foi que pudessem ter a coragem que eu tive, e que vivessem junto comigo tudo que eu sonhei com eles. </div><div><br></div><div>Teria mostrado aos meus pais que eu posso não ser nada do que eles gostariam que eu fosse, mas que qualquer coisa que eu seja, serei do fundo do coração que eles fizeram bater. E ele bate justo, verdadeiro e único. </div><div><br></div><div>Teria entendido muito mais fácil e rápido que uma família pode ser refeita, e que irmãos e mães não precisam ser do mesmo sangue, e o que eles representam pra mim não tem palavra que defina.</div><div> </div><div>Teria mostrado que por mais duro e frio que as vezes eu possa ser, eu só quero o bem, e que muita gente que eu perdi por ter sido assim, ainda poderia estar aqui...</div><div><br></div><div>Se esses olhos enxergassem lampejos do futuro, talvez eu chorasse rios de arrependimentos, ou batesse palmas para tanta coragem e provação dentro de um único ser. </div><div><br></div><div>Que o destino me guie até meu último suspiro.</div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-302115597659466932016-12-21T19:04:00.001-08:002016-12-22T01:47:18.421-08:00Ramalhete de respostasLembro-me das vezes que caminhava em silêncio por esta rua turva e gelada. Um deserto à três palmos, nebulosa neblina. Lembro-me de contar os laços e vãos entre os estreitos paralelepípedos, e de alguns deles brotaram mudas verdes de vida. Quanta poesia. <div>Antes eu caminhava muito sozinho, quase sempre era comum, e vislumbrava todas as nuances da minha própria existência. O silêncio meu parceiro, conselheiro sincero, incontestável, verdadeiro, cruel em suas verdades. </div><div>Sangro os lábios por libertar a ansiedade, e ela revida, pois à tempos se recua reclusa, sem espaço para aflorar. Ansiedade que aflora trás más consequências. Se torna súbita, afobada, caótica. Eis o que evito ao máximo, o caóticísmico das verdades sem razão. Das incisões que rasgam minha pele. Um fio de sangue, turvo, ácido, doce. </div><div>Se o caminho até aqui me trouxe descalço e calejado, quem dirá o que virá. Não há fronteiras físicas que interrompam um objetivo, uma busca, um ramalhete de respostas.</div><div>Se todas fossem concebidas, doadas, dadas, talvez o assombro da incerteza não nos empurrasse pra frente, mais é mais. </div><div>Estou no fio de uma estreita linha da vida, que passa diante dos olhos em flashes preto e branco. Um piscar e tudo some, se perde, se desfaz. </div><div>Esta rua sem saída, sua praça e árvore, antigas e antiquadas. De lá sinto saudades, um pouco de tudo que eu tinha, ainda existe, e se foi.</div><div>Mais um ciclo reinicia, prometemos e não cumprimos, cumprimos sem prometer. Colecionando vertigens, colecionando fracassos. </div><div>Mais longe irei ao caminhar por onde antes ancorava. </div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-37376360152013641702016-10-21T03:38:00.001-07:002016-10-21T03:47:17.165-07:00Mundo CinzaExiste um mundo que poucos podem ver. E ele existe tão perto daquele que conhecemos, e ao mesmo tempo tão longe, que assusta. <div>Recentemente foi sutilmente representado publicamente, e me fez sentir alívio já que não sou apenas eu que tenho o dom de enxergar esse lugar. </div><div>Esse mundo, esse inferno real que passa diante dos olhos, é tão intenso e nebuloso que te traga pra dentro, como um espiral infinito, e você pode nunca mais sair de lá. </div><div>É um inversão dessa cortina, um universo onde a realidade por trás de todas as máscaras caem, e as palavras não surtem seus efeitos, e sorrisos não subornam a alma. </div><div>Ele é cinza, pálido, rachado. Um silêncio oco, não reflete, não pulsa. Craquelado como vitrais em preto e branco. </div><div>Rodeado de pessoas sem rostos, vagando perdidas buscando o incerto, o reencontro consigo mesma, uma saida deste labirinto sufocantemente confuso. </div><div>Alguns tem o dom de derrubar esta cortina real, e flertam entre paralelos. Outros fingem que não vê, e a grande maioria não aceita e literalmente não percebe. </div><div>Um filme antigo, um retrato da dor, das mentiras, um limbo mutante dissolvendo pessoas e despindo almas. </div><div>Sou um desses "abençoados" com a lucidez de enxergar o inxergável. Com a maldita condição de transpor sua carcaça e remexer no seu âmago. </div><div>E isso incomoda. Muito. Isso judia. Não há dor maior que a da transparência. Que revela seus contornos, traços, rascunhos. Ninguém quer se ver despido por dentro. </div><div>Paralelo que me impede de dormir, que me convida nas madrugadas à visitá-lo, enquanto você, aqui, dorme. </div><div>Já perdi as contas de quantas vezes rastejo por este lugar, e de quantas vezes durante anos, dilacerei a alma de muitos infelizes que cruzaram meu caminho, e ignorantes, não perceberam nada. </div><div>Hoje confesso, tento lutar contra na maioria das vezes. Não é prazeroso, não é saudável. Dói, desgasta, maltrata a gente. </div><div>Mas com a certeza plena de que nunca deixará de existir dentro de mim. </div><div><br></div><div><br></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-26743069675115389232016-10-16T03:02:00.001-07:002016-10-16T03:29:55.477-07:00O Fim Do Labirinto Da Dor - MeioAntes haviam dúzias de porquês, hoje há alguns. Alguns deles temerosos a maioria das pessoas, e insistentes guerreiros à mim. Uma batalha redundante e angustiante, de dentro pra fora, invisível. <div>A cada dia, mês, ano que se passa, eu me conformo com a inexistência da perfeição, e a dor da desilusão. Talvez uma desilusão tão utópica que só eu criei, e me mantive fiel, derrotando dúvidas mas sucumbindo à vida. Ela sim é justa sem fazer força. Como um curso natural. </div><div>O fim do labirinto da dor é na verdade uma organização fúnebre de verdades imutáveis. Uma constatação cruel de que faça o que for, não será. Lute como nunca lutou, e perca como sempre perdeu. Não há nada a ser refeito. </div><div>Ao redor o que vejo são insensíveis vidas que se perdem na ignorância e dissolvem ao tempo. Castelos imensos, de frágil areia, ruindo e se desfazendo aos olhos testemunhosos de quem talvez nem enxergue, enquanto eu, daqui, não me conformo. </div><div>Dessas milhares de vezes que perdi a noção do tempo tentando achar o tempo que perdi tentando ter noção, me deparei com tudo que não posso mudar, apenas aceitar. <span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">E aceitar aqui, veja bem, não é desistir, não é se entregar, não é parar. Aceitar aqui é aceitar, na pura concepção da palavra, que a vida lhe guie, lhe ajude a plantar e colher, os clichês frutos que sejas merecedor. </span></div><div>Quando as palavras aqui por fim adormecerem, será porque toda e qualquer batalha parou. Será porque até o mais forte guerreiro não sustenta o peso nos ombros por toda eternidade, e mais cedo ou mais tarde, dobram-se os joelhos. </div><div>Eu conservo medos infinitos, forjados por uma conturbada existência, entre dúvidas e respostas exatas, e dúvidas e respostas lúdicas. Esses medos, alimentados por tudo aquilo que vivi em três décadas, são parrudos, gordos, obesos. Inertes ao tempo e bloqueando minha passagem, minha realização. Ou impedindo que eu veja o que quero, ou seria me privando de ver o que não?</div><div><br></div><div>O meio do fim do labirinto da dor nada mais é que um refluxo natural, uma reanalise racional dos gritos que se foram, e daqueles que ainda ecoam. Curiosamente estes ecos hoje são mais perceptíveis que ontem. Talvez haja mais como eu por aí, vagando por entre portas abertas e caminhos rabiscados à giz. Vocês não estão sozinhos. </div><div>Ando desejando que no futuro, toda lucidez me seja desprovida, e que boas almas me conservem enquanto eu pavimento minha última trilha, dou meus últimos passos. Desejo talvez que não me lembre das falhas que cometi, dos amigos que perdi, das vezes que não sorri. Se é que saberei como desejar. Mas deixemos pra lá o que ainda não está. São só devaneios, só devaneios. </div><div>Falando nisso, é certo que complique cada vez mais a leitura desses meus gritos. Sim, eu preciso filtrar aqueles que não podem compreender, que não sentem como eu sempre senti. </div><div>Fecho os olhos, abro os olhos. É uma náusea minha amante, das madrugadas relutas, parceira que ninguém vê. Sinto que padeço calado, aqui sem estar aqui, sem ser notado. Nostálgico da época de palcos e holofotes. Tempo ilusionalmente bom. <span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;"> </span></div><div>Fiz uma visita rápida, de passagem, daquelas surpresa. Precisava mediar e plantar mais uma semente neste caminho final...</div><div>...e aqui está o meio. </div><div><br></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-6258163627862815082016-07-28T02:23:00.001-07:002016-07-28T02:23:56.249-07:00Visitante<div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">"Talvez um dia ele retorne à assombrar minhas noites, não por vontade mas circunstâncias, as mesmas que hoje não mais alimentam esse covil. Espero que jamais."</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">E "jamais" é tão irreal quanto a minha tentativa de viver sem dor. Um brinde à minha companheira inseparável, a angústia. Como um sutil véu de seda, paira sobre mim cobrindo todo meu corpo, se assentando sorrateiramente enquanto inocentemente tento dormir em paz. Não há na minha vida paz.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Por mais que eu acoe minha alma, como um cão em um canto, por mais que eu me reduza ao mínimo e aceite viver das migalhas em troca de transpor antigas barreiras, elas se remontam. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O que assisto diante dos meus olhos são frustrações homeopáticas minando nossa resistência. Abrimos as asas para voar e percebemos que a força dos ventos contrários nos empaca. Os olhos focados ao longe mas os pés patinando sem sair do lugar. Metáforas pra ilustrar poeticamente a frustração.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quando você metafora sobre algo, você tenta dissolver a verdade em desculpas compatíveis do mundo real. Mas elas já são feitas de verdades como as suas.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Quais são os passos errados que ando dando? Eu odeio redigir perguntas, mas minha mente anda martelando essa frase. Como me tem refém! </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Me tira o sono e me inunda de náuseas caóticas enquanto o mundo dorme em seu palco perfeito. Eu acordo dependurado, amarrado pelos pés de cabeça para baixo em um vale infinito, sem fundo, sem beiras. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">O fim do labirinto da dor não se faz em poucas partes, nem em partes sequenciais. Eu já havia previsto. Eu sabia que não seria tão fácil. Afinal, é um labirinto. E por mais que você estude e decore seus passos, há encruzilhadas sem respostas.</span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Não pretendo me entregar. Não, ainda é cedo. Ainda há forças pra aceitar que não devo parar. Ainda há razões dentro do peito que me empurram. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Há você, sem sombra de dúvidas, que acredita em mim talvez mais que eu, e que me vê lutar, testemunhando dia após dia as batalhas, virtuosas e torturantes, com lampejos de sucesso e avalanches de frustrações. </span></div><div><span style="-webkit-text-size-adjust: auto; background-color: rgba(255, 255, 255, 0);">Mas como seriam nossas vidas se não estivéssemos vivendo?</span></div><div><br></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-47468129890058487032016-05-26T03:24:00.001-07:002016-05-26T03:30:26.535-07:00O Fim Do Labirinto Da Dor - InícioAs palavras adormeceram desde quando me impedi de sonhar. Tirei do peito a ilusão de que a vida pudesse me fazer feliz por completo, e deixei com que a correnteza me levasse. Desde então, as palavras se foram. <div>Todas aquelas enxurradas de mágoas e frustrações ficaram pra trás. Quando você para de exigir respostas, as respostas aparecem. </div><div> </div><div>Hoje não persigo mais ilusões, ideais gloriosos que faziam aos outros baterem palmas e à mim definhar em uma espiral alucinógena procurando as confirmações e provas para os meus delírios. Hoje eu semeio as minhas vontades. Nada além. </div><div>O que a vida nos ensina é que ela vai te responder mais cedo ou mais tarde, e que viver se escondendo da verdade por trás do véu turvo vislumbrando absurdos te transforma em um zumbi alienado. </div><div><br></div><div>O que havia aqui, meus gritos, meus delírios, me ofuscavam a luz da real esperança. Tirava de mim a força de trilhar algo que meus pés pudessem tocar, e meu coração sentir. Uma luta onde a vitória viria de um lado diferente, do MEU LADO. </div><div><br></div><div>Os olhos não mais buscam do passado todos os momentos dignos ou felizes. O passado hoje é memória adormecida. Uma trilha suave já coberta e desmarcada pelo tempo. O tempo é o sábio condutor de nossas vidas. </div><div><br></div><div>Quando eu transbordava aqui toda minha angústia, me calava ao mundo, me afundava em conflitos dilacerantes que maltratavam minha força. Me acorrentavam dentro de um inferno particular circular, sem saídas. Um labirinto da dor. Só dissolvendo as amarras com desprezo é que essas paredes sucumbiram. </div><div><br></div><div>Diante de mim a poeira se foi. Os olhos turvos e feridos de anos e anos travando batalhas sem vilões ou heróis pouco a pouco se tornam límpidos e direcionados. Um fenômeno nunca antes visto, testemunhado, ou sentido. </div><div><br></div><div>Os momentos que se seguem me afastam dia após dia desta prisão. O Gritos foi meu escuro quarto sombrio, minha muleta da vida, meu ácido. Hoje ele envelhece levando consigo doentias vozes que não mais gritam aos meus ouvidos. </div><div><br></div><div>Talvez um dia ele retorne à assombrar minhas noites, não por vontade mas circunstâncias, as mesmas que hoje não mais alimentam esse covil. Espero que jamais. </div><div><br></div><div>Eu ainda te visito, por consideração, por respeito, por ser parte de um ciclo que talvez eu devesse ter passado, para que tudo adiante faça sentido. </div><div><br></div><div>As correntes estão se trançando. O início do fim. </div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-28823230015278345852016-05-04T20:19:00.001-07:002016-05-04T20:20:15.655-07:00SigamosNão há certeza maior que a angústia de algo incerto. Que dêem os passos através de todas as frestas que se abrirem, só assim para descobrir o adiante. Mas além da luz, o que mais já foi capaz de estar ali?<div>Semeio as esperanças, delas tiro um vislumbre de alegria e futuro sem dor, de encher o peito com vontade. </div><div>Mas é abrupto, é inconstante. E a resposta de porque é clara: Dê os passos por seus próprios e calejados pés, pois por mais puro e digno que possa ser, há sempre a fresta da destruição da dúvida. </div><div>Recomeçar é sempre esquecer quase tudo, deixar dentro de ti as lições importantes e lembranças e o resto se tornará pó. </div><div>O que me sinto fadado a fazer, as vezes me questiona das convicções das oportunidades que surgiram.</div><div>Eu prefiro me calar, enfrentar mais uma madrugada, dopado<span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">, sorteando as cartas embaralhadas, tentando criar dentro do meu universo um caminho simples. </span></div><div><font face="Helvetica Neue Light, HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif">O jeito é seguir em frente. </font></div><div><br></div><div><br></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-53445978997122582432016-01-19T16:32:00.002-08:002016-01-19T16:32:52.015-08:00Mudando<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="d32l2-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="d32l2-0-0">Sempre é tempo de mudar. De abrir os olhos e enxergar ao longe o horizonte, sempre esperançoso. Logo, há novas barreiras a serem transpostas, desafios a serem superados, e luta, muita luta. </span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="74jim-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="74jim-0-0">Pois só quem entra em guerra é capaz de batalhar, e só quem batalha, tem a chance de vencer. Nunca desistir, nunca render-se.</span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="vvtb-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="vvtb-0-0">Se a vida te acua, te maltrata, te pune, tire das lições a experiência pra seguir em frente, e as feridas cicatrizadas são suas escritas em braile. </span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="5c1l0-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="5c1l0-0-0">Leve seu amor contigo, lhe dê as mãos, e alimente a esperança. Com isso, o resto será sempre o resto. </span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="fuld1-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="fuld1-0-0">Pois quando um coração sofrer, o outro afaga, quando uma lagrima escorrer, há quem as enxugue, quando um suspirar desistir, é calado por uma voz de "vamos em frente".</span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="f4525-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="f4525-0-0">Carregamos juntos um fardo pesado, repleto de dor, mas não existe fardo tão duro que te impeça de empurra-lo ladeira abaixo e se sentir livre pra um futuro inédito.</span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="c72cf-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="c72cf-0-0">Quando ao longue o horizonte se aproximar, e todos os sonhos culminarem em um objetivo, iremos construir um amanhã sem medo, sem arestas, sem desvios. Olharemos para traz com nostalgia e alivio, recontando causos de uma vida sofrida mas que se tornou passado, cada dia mais distante.</span></div>
<div class="_45m_ _2vxa" data-block="true" data-offset-key="2f5jm-0-0" style="color: #141823; direction: ltr; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;">
<span data-offset-key="2f5jm-0-0">Hora de mudar, hora de mudar. Hora de pavimentar uma estrada pra se viver um sonho. Eu não vejo a hora...</span></div>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-77733697568963736912015-12-22T23:50:00.001-08:002015-12-23T04:27:27.891-08:00Término<div>2015, que você fique pra trás. Que leve consigo lembranças que não precisam ser lembradas, e deixe que eu colha os frutos do hoje, amanhã.</div><div>Você me ensinou que não existe perfeição. Que saltos muito altos podem ser catastróficos. Que não existe amor onde não existe verdade. Que amor de pai, de mãe, de família, é pra sempre. Seja da forma que for. Que na vida arriscar nem sempre é vencer, e que nada se constrói sem base, força, sinceridade e complacência. </div><div>2015, você provou pra mim que posso lutar, posso vencer, posso perder. Que resisto as mais duras pancadas, as maiores rasteiras, e por mais que eu derrame lágrimas de frustração, amanhã é um outro dia. </div><div>Você começou me destruindo, me arrancando do peito toda esperança, e todo orgulho. Me pôs no chão. Me bateu na cara. Me mostrou que é preciso sim história pra se fazer história. Que pessoas mentem, iludem. São frias e egoístas, e que eu não deveria ser precipitado, ou devo?</div><div>Porque essa mesma "afobação" fez você me mostrar um novo caminho. Pode ser que já estivesse ali, e eu cheguei à ele, por vias conturbadas e confusas, mas cheguei. </div><div>2015, você foi maluco demais. Me tirou de casa, me mandou pra longe, me envelheceu. Me mostrou nuances que eu evitava ver, pontes que eu contornava sem passar, e me amadureceu.</div><div>Depois me trouxe uma pessoa maravilhosa, lutadora, guerreira, maltratada pela vida e suas armadilhas. Me fez responsável por ela. Que eu lute junto, batalhe, sofra e por fim seja feliz. Mostrou que é possível preencher o coração vazio muito rápido quando se tem um sentimento sincero e verdadeiro. Me fez apostar e eu apostei. Sem arrependimentos. E ela é hoje uma das razões do meu viver. </div><div>Você me fez aprender a construir à dois. Me mostrou que ser homem é realmente difícil, e eu sempre havia tentado evitar, me mantendo garoto. Me obrigou a mudar, a entender, a compreender, e a principalmente ceder. Deixar pra trás o que não é relevante à felicidade.</div><div>2015, bateu forte, e ainda está batendo. Nos testando, pregando dolorosas adagas em nossa esperança, mas não nos matando. Transformando este ano em um ano de provações pontuais. De você tiraremos lições valiosas pro que vem pela frente. Você foi cruel, mas sagaz. Um pai que bate querendo ensinar. E ensinou.</div><div>Que tu fiques pra trás, pois eu, nós, não podemos apaga-lo de nossas vidas, mas podemos te-lo como referência, de certo, de errado, de mentiras e verdades. Exemplo.</div><div>Quando você se for, não direi até logo, saudades, ou sinto muito, direi ADEUS. </div><div>E que eu inicie 2016 cicatrizando suas feridas e construindo por sobre sua base. </div><div><br></div><div>Você terminou, eu comecei. </div><div><br></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-42065209785655956872015-12-11T11:20:00.001-08:002015-12-11T11:20:48.850-08:00Não Sirvo<div><span style="font-family: 'Helvetica Neue Light', HelveticaNeue-Light, helvetica, arial, sans-serif;">Eu não sirvo pra nada. Nem pra ninguém. </span></div><div>Eu construo e destruo. Começo e termino. Faço brotar a vida mas não sou capa de rega-la. Ela morre. E eu morro mais um pouquinho. </div><div>Não importa o esforço que faço, não importa as mudanças que sofro. Lá na frente tudo ao meu redor desmorona porque nada nem ninguém é capaz de cravar firmes alicerces. São castelos de areia. </div><div>E no fim eu sempre sou julgado, maltratado e condenado. Nenhum dos meus esforços é salvador. E sempre foi assim. </div><div>Quem está certo? Quem está errado? Eu erro sempre que tento acertar. Mas quem eu deveria ser? O que eu deveria me tornar?</div><div>Eu me perfaço todos os dias em busca de uma paz que só existe em meus sonhos, enquanto tudo ao meu redor é sustentado por tolerância, não por vontade. </div><div>Existe algo que não posso enxergar, e talvez eu nunca enxergue, pois ninguém vê com os olhos dos outros. Eu engulo todo meu orgulho e perguntas, mantenho tudo distante para que haja algo real, e parece que vivo encenando dentro de um reality show. Porque? </div><div>O que seria de tudo se simplesmente eu sair andando sem olhar para trás? O que pensariam de mim e que conclusões trariam? </div><div>Não adianta o quanto amor eu sinta, nunca é visto. Porque pessoas tendem a amar da mesma forma, e só esse amor é válido. Mas essa receita nunca foi sucesso. Nunca. </div><div>Se eu pudesse mudar tudo para que nunca houvessem detalhes errados, eu o faria. Mas a perfeição esconde defeitos invisíveis. E as máscaras caem quando se desprendem. </div><div>Enquanto eu luto, quantos lutam por mim? Quantos perguntam se estou feliz e vivo? Se a realidade me sufoca ou me faz bem. Quantos por aí desapareceram assim que eu apareci. </div><div>Ou tudo se acertará ou tudo dissolverá. Eu segurei tempo demais. Eu tive forças tempo demais. E se elas não foram suficientes, eu nada posso fazer. </div><div>Não serei perfeito, porque perfeitos mentem. Não serei falso, porque falsos escondem verdades. Não serei outro, porque não consigo nem ser eu mesmo.</div><div>Agora estou aqui, tão distante, tão só, ponderando todos os passos e todos os esforços. Enquanto todos sorriem, enquanto todos aprenderam como ceder e viver. </div><div>Daqui vejo tudo, vejo começo, meio e fim. </div><div>Se tenho tantos erros, se sou um poço de defeitos, não me engane mais. Me deixe chafurdar nos meus próprios pecados e aprender mais um lição. </div><div>É só mais uma ferida que terei que cuidar...</div><div><br></div><div>...e se de nada valeu todas as vezes que te abracei, e te disse tantas coisas verdadeiras. Não, elas não valem nada. Porque eu não valho nada.</div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-18329382898949140612015-11-09T10:17:00.001-08:002015-11-09T10:32:31.021-08:00Um Dia<div>Havera um dia em que deixarei de tentar. Talvez por força da vida, por desistencia da fé. Será um dia muito triste. Não ouvirei ninguem. Não verei ninguem. </div><div><br></div><div>Quem sabe eu deixe uma nota, um bilhete a mao, um recado especial à alguem especial. Ou talvez me prenda em um silencio conturbador, revelador, e um filme passe por minha mente enquanto me dispeço especialmente de mim, e de tudo que eu lembrar de ter vivido, visto, ou feito. </div><div>Espero que poucos sofram, talvez por isso me distancio cada vez mais de cada vez mais. Que meus próximos não sofram pois eu não lhes culpo de nada. Eu sou o culpado de mim mesmo. Do meu caminho, do meu sofrido fim, do meu destino. Vocês não. </div><div><br></div><div>Havera um dia em que todos os outros dias que me tiraram a paz se tornaram realidade. Eu não pensei nisso hoje, nem ontem, mas sim constantemente. Reluto e luto pra estar aqui, esmagado, esfolado, prensado de dentro pra fora. E toda essa pressão é fisica e mentalmente assassina. Suicida. </div><div>Eu não quero viver as sombras e sobras. Não quero ter o remorso nem a compaixão, sem louvos. Sou gigantesco demais aqui dentro. Eu sempre inconformado comigo. E quem vive assim? Chega de perguntas. Respostas não existem, soluções se dissolvem, esperança caduca e apoiada em muletas. Uma vida quase que toda dementia. </div><div><br></div><div>Havera um dia, só um, em que ninguem mais me convence de continuar. Um único momento em que tudo ao redor sera tão futil quanto tudo que se passou. E eu não vou chorar, não vou esperniar, não vou me arrepender. Porque este dia é fruto de dias que não existiram e que ninguém percebeu. Ou se o fez, em silencio, nao convenceu. Mas eu também, se não me convenci por mim, não sei se alguém o faria, se haveria razão.</div><div>Neste dia eu não pedirei desculpas, nem perdão, eu direi apenas adeus, e que se lembrem de quando eu conseguia sorrir, ou de quando eu acredita em mim e em vocês, ah, que saudade desses dias.</div><div><br></div><div>Havera um dia em que eu de tão cansado, resolvi descansar. Não se revolte comigo, eu já o fiz. Não sofra mais do que deveria ter sofrido durante a minha passagem, eu também já o fiz. Neste dia tente apenas confortar-se e confortar. </div><div><br></div><div>Eu entenderei a sua dor, mas ela não foi um dia sequer como a dor que me levou.</div><div><br></div>Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-84019291235049644052015-09-23T11:15:00.002-07:002015-09-23T11:15:41.907-07:00Rascunho De Vida<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não há nada que eu faça que rebusque meus erros. Não há perdão. Não há cura. Como uma maldição que desafia o tempo, os atos, as promessas, as propostas, o amor, o viver. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu respingo a tristeza de não ser perdoado por nada que fiz, que fui, que vivi, que criei. Sentenciado a um doloroso e tenebroso caminho. Craquelado de cicatrizes. Marcado de desilusões. Sigo rastejando por este meio fio, sendo julgado e açoitado, derrotado e erguido, pronto para mais um tombo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Como tirar marcas que se fazem crava</span><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">das na alma? Como derrotar um inimigo invisível aos olhos mas presente no coração? Como ser eu mesmo, sem ter chance de ser quem sou? Não há perdão. </span><span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Todos meus atos são à prova. Dia após dia, noite após noite. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Quanto somos capazes de aguentar até nossos joelhos dobrarem, e não tivermos mais forças pra seguir, mais foco para olhar adiante, mais esperança que nos move. Quanto somos capazes de aguentar até a desistência? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O meu rascunho da vida é feito de perguntas, de rabiscos inacabados, de promessas doadas aos que não sabem prometer, de lutas por vitórias e vitórias sem luta. O meu rabisco de vida é borrado, torto, indecifrável. Quem olha não lê, quem lê não compreende um traço.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sou forte. Sou bastante forte. Sou um desgraçado que insiste na ilusão que minha mente cria. Sou doador de esperança à quem procura por tal. Me abrace, acredite, e siga comigo. Eu tento mais que temo, eu arrisco mais que espero. Eu me entrego sem medo de não ter a entrega. O que resta de mim, é o que eu preservo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Rabisco novos contornos, novas páginas. Escrevo certo mas transluz estranho. Ponho tudo que penso, tudo que acredito. Sofro sozinho, pra que você não sinta o sofrer. Rascunhos e páginas em branco. Uma nova história, um novo capítulo em um livro deteriorado e cansado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">As vezes paro e penso em desistir. Eu queria. Mas querer não é mais forte ainda que eu. Eu as vezes paro e penso em quão cômodo seria se nada mais existisse em frente meus olhos. Um tenebroso e apaixonante luto, um escurecer infinito, um descanso de tudo que eu tentei na vida. Essa vida que me faz refém, que me toma como propriedade e não me deixa escolha, nenhuma escolha.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando todas as tempestades cessarem, haverão escombros, e deles tudo aquilo que um dia foi história, será passado. Sem vestígios, sem pistas, sem marcas, sem rastros do que um dia foi chamado de mim.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O que escrevo são lampejos incertos do que deveria ser meu mundo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Incompreensão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-39648018297326344662015-09-03T14:38:00.001-07:002015-09-03T14:38:44.404-07:00Batalha<p dir="ltr">O que existe é um erro constante em ser eu. Uma sina, carma, maldição. O que existe é um limite entre a luz que salta aos olhos e a escuridão de onde não posso sair. Sobrevivo, vivo, sobrevivo, perco. Eu não pertenço ao que mesmo acredito. <br>
Procuro ser o mais ponderado possível. Relevo, transcedo, dôo, desisto, perco. Mas não encontro as fórmulas que equalizem o meu viver. Por onde anda a simplicidade e a cumplicidade? Por onde anda o aceitar?<br>
Sou testado dia após dia, diante do meu eu desgastado e semi doente. Diante de inverdades e fúrias repentinas que me cortam a alma, me ferem o coração. Eu sofro calado, como se compreendesse a incompreensão.</p>
<p dir="ltr">Meu amor é turvo e constante. É braile em um mundo de provações. Existe sem existir, se é sentido sem agonia, sem fúria, sem necessidade de existir, é tão forte que me tira a vida, me leva ao limite. Mas nada, nada é suficiente. <br>
Sou um acaso descaso da vida, um relutante problema que vicia aos próximos e mata os que se apaixonam. Sou um leigo que me deixo crer. Um mero telespectador de meus capítulos. <br>
O que existe é torturante, viciante, contundente, lacivo e vivo. O que existe, se consegue enxergar, é imenso e infinito, tênue e forte como diamante. Não desprende.Não degenera. Não destrói. </p>
<p dir="ltr">Mas o que você vê? O que falta pra ti? O que tiro de mim lhe é dado, doado, suado. Eu não vivo sem viver com você. Cada escolha é pensada e tomada sem relutar. Há razões. Há motivos. Há amor. <br>
Eu ando sofrendo na escuridão do meu peito. Sofro por não poder tirar seu sofrer. Por não ser maior do que sou, e lhe jogar ao infinito. Sofro ao inverso buscando saídas pra tudo que quero ter. E gostaria de ter ao seu lado. Como foi escolhido e dito. </p>
<p dir="ltr">Não há vitórias sozinhas. Glórias sem mãos dadas. Não há razões sem motivos. </p>
<p dir="ltr">Eu permaneço pulsante e presente ao seu lado, e assim será, pois está é minha maior batalha. <br>
</p>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-45198119332002202652015-08-17T04:28:00.001-07:002015-08-17T04:28:36.379-07:00Hoje, e amanhã.<p dir="ltr">Fazia um tempo que não passava por aqui, sei disso. Talvez não haja gritos a serem ouvidos agora, e o silêncio é a representação do que sinto. <br>
Ando como telespectador de mim mesmo, de olho no que a vida me oferece, me cospe na cara, ou me tira. Ando passivo eu sei. <br>
Já não anseio por respostas que acredito não virão. Não há fórmulas, não há certezas, não há planos que certamente darão certo. </p>
<p dir="ltr">Disse há um tempo atrás que havia desistido de mim, e de tomar porradas por projetar vidas que não posso viver, sonhos que não posso realizar e histórias que não podem ser vividas por mim. Disse isso, e com todas as razões do mundo pra tal. E o que nunca termina no entanto são as provações. A vida me passando a rasteira. Eu sendo refém da minha própria existência conturbada. Em conflito com a realidade que precisa de paz, que precisa se estabilizar. </p>
<p dir="ltr">Tive inúmeras vitórias nestes anos, as guardo no peito, lugar de onde só saem se eu permitir, e não escorrem pelos dedos como tudo que conquistamos e perdemos material. E se eu não me curar, a vida vai me impedir de sorrir de novo. </p>
<p dir="ltr">Hoje eu só quis chorar. Talvez o choro de algumas décadas, de uma parte de mim. Da ausência, do inconformismo, da saudade, do erro. Das minhas escolhas conturbadas. Da angústia de simplesmente chorar. No silêncio do quarto, sentado em um canto, procurando respostas. Hoje eu só quis chorar.</p>
<p dir="ltr">E não tenho mais forças pra outra derrota. Não tenho mais pulsos em meu peito que me ergam de um fracasso. Eles superam na dor. As tempestades vem e vão, destroem o que criamos mas não os alicerces. Deles preciso paciência e sabedoria, mais que anseio e afobação, pra me reerguer. Com ajuda, apoio, companheirismo, fé e confiança. </p>
<p dir="ltr">Erro as vezes como todos erram um dia. Sofro as consequências, e delas pondero meus atos e caminhos. Filtro a vida como ela me filtra...</p>
<p dir="ltr">...enfim. </p>
<p dir="ltr">Estive por aqui, meu canto secreto. Espaço pra deixar marcado o que era invisível. Espero que um dia eu desapareça por completo, deixando lembranças de quando tentava achar o caminho sem espinhos ou obstáculos. </p>
<p dir="ltr">Talvez eu logo o encontre. Só depende de mim, só depende de seguir enfrente. Só depende de se deixar viver sem amarras. <br>
..<br>
...<br>
....<br>
..... Até mais.</p>
<p dir="ltr"> <br><br><br></p>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-54767910187888543842015-07-20T14:04:00.002-07:002015-07-20T14:04:22.900-07:00Sucumbir<div style="text-align: justify;">
É difícil pra maioria enxergar o próprio fim. Não pra mim. É sufocante e ao mesmo tempo didático. Não há barreiras além do resto de consciência que te arredia e te segura. Mas não pra sempre. Chegará o dia. Chegará o fim.</div>
<div style="text-align: justify;">
Não é justo que alguém carregue o peso imenso deste fardo que sou eu. Ninguém merece sofrer a vida dos outros. O destino dos outros. A maldição dos outros. </div>
<div style="text-align: justify;">
Você nasce pra sua morte. E ela virá da maneira pré-destinada, sem aviso, sem alarmes, sem explicação. E sem escapatória.</div>
<div style="text-align: justify;">
Esses dias atrás me aproximei do seu encontro. Segundos me tiraram da frente, é, ainda não era a hora. Flerto com ela, e me vi assim, sem nada que me impedisse, sem nada que me prendesse. </div>
<div style="text-align: justify;">
Naquele momento toda a vida esbarra e te arranha, tudo que foi visto, vivido, passado, sentido. Te coloca em uma balança de verdades, mentiras, e perdão. Eu não me perdôo. Talvez nunca o farei. Nem mesmo sei do que deva me perdoar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não terei tempo de me desculpar daqueles que eu deveria faze-lo, nem me lembro mais. Talvez alguns me devessem desculpas, isso sim. </div>
<div style="text-align: justify;">
Sei que pra você esta sendo pesado, cansativo, difícil, sem querer sufocante. É, não é fácil viver próximo à mim. Exige batalhas e longas e profundas respiradas. Acredito na sua força. Ainda acredito. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pois não sou de todo mal. Quando eu partir, sua lição ficará. Lembranças não dissolvem quando foram sentidas na pele, no peito, dentro de ti. Você terá seu tempo de lembrar e sorrir, assimilar, e compreender um pouco mais sobre a minha passagem duradoura. </div>
<div style="text-align: justify;">
Enquanto esse tempo não vem, eu estou aqui escrevendo mais um pedacinho do fim...</div>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-65358055647517922015-07-20T14:03:00.001-07:002015-07-20T14:03:49.217-07:00Escorrendo<div style="text-align: justify;">
Desta forma, que as palavras se escondem, o silêncio me cala, me acua temendo o que não posso entender. É um anestésico natural, sistema de defesa, um véu que cobre a alma quando o desespero se prolifera.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passo dias sem pensar, enquanto eles me consomem, eu fico a deriva sem norte, me arredio e me revolto no escuro. Nenhuma saída me tira daqui, são infinitas entradas, infinitas passagens.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais de trinta dias que não me deixo sangrar, que não permito ao meu peito explodir em revoltas e incertezas, palavras estas que uso tão frequentemente, que se tornam redundâncias macabras de um disco riscado, um looping infinito neste espiral de sofrer.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ninguém aqui é convidado, ninguém aqui quer ficar bem, aqueles que aqui se encontram fazem parte de um juri sem réu, um processo de condenação por ser aquilo que sou, e refletir em vocês, e nada mais que isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ando a procura de tudo que sempre quis, releio catástrofes, recrio cenários, assassino os bons, e replico os maus. E assim vou me reinventando, me suprindo das migalhas que a vida joga, e me suborna a acordar mais um, e mais outro dia, e assim por diante.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quantos de vocês gostariam de gritar? De renascer do avesso com tudo aquilo que não te deixa feliz, no lixo. Quantos engolem seco uma vida sem propósito, pelo simples fato do propósito ser a vida, e não a vivência. Se você se encontra em pedaços daqui, é um fragmento de tudo que sou, e um bocado de você, que não se deixa livrar-se.</div>
<div style="text-align: justify;">
Convivo hoje com uma realidade aleijada, parte excelente parte deplorável. Arestas a serem aparadas, espinhos arrancados para que floresça a paz. Tão tão difícil paz.</div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez você acredite ser capaz de entender cada linha de tudo que eu deponho. Talvez você recrie fatos pessoais e me transporte pra dentro de um universo só seu, onde eu não pertenço, a não ser por detalhes egoístas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Eu ando bem preocupado com tudo, nenhum novidade. Turbilhando a mente a procura de respostas sem solução, olhando pra frente só.. bem lá na frente, imaginando que um dia eu saia de todos os labirintos que existem aqui.</div>
<div style="text-align: justify;">
Meus gritos são antigos.. volte e veja porque hoje estou rouco.</div>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-16571007548452891642015-05-10T23:42:00.001-07:002015-05-10T23:42:21.066-07:00Ouça-me, aqui.<p dir="ltr">As vezes me pego com saudades de mim. Deve ser o tempo, que levou boa parte disto e outra se perdeu, dissolveu. Eu sei porque busco na memória, e ela me trás pitacos sutis de um outro eu. Nuances daquilo lá atrás. <br>
Minha mente, resguardada, flamba-me todos os dias, com um pouco de medo, de coragem, de certezas e dúvidas. Desvaneios. </p>
<p dir="ltr">Se a morte é mudança, quantas vezes morri. Desatei meus nós e criei belos laços. Bonitos por fora mas fáceis de se soltar. Eu gosto mais de nós. Firmes e fortes.<br>
A madrugada fria me norteia. Dentro dela eu sinto o silêncio de todas as almas, e nenhuma delas me percebe. Ah, como gostaria desse infinito sempre. Ele não me assusta.</p>
<p dir="ltr">Meus antigos sonhos se foram. Talvez se esqueceram de mim. De me visitar nas noites em que eu dormia sorrindo. Lá se veio a vida tirando aqueles antigos contos de dentro do peito. Do fundo da mente. <br>
Quero estar ao seu lado, mas longe daqui. Sim, não me julgue egoísta. Me julgue faminto. Ansioso por te mostrar o mundo lá fora. É tão maior. Tão pulsante. Tão vívido.</p>
<p dir="ltr">Ergamos os alicerces, dignamente, e a partir dali, pontes e mais pontes. Daqui pra onde a vista alcançar. Espero que não demore tanto.<br>
Saudade de mim. Mas estou aqui, relutante em cair. Um universo sobre meu corpo, um peso imenso invisível. </p>
<p dir="ltr">Um artista em metáforas, maquiando a tristeza das palavras diretas. Assim elas passam despercebidas por aqueles que não fazem questão. Nada é sincero diante de olhos sem foco. Escondido, dentro de casa ponto e vírgula, há um testemunho sorrateiro e contundente. Profundo e sofrido. <br>
Faço das minhas palavras meu retiro mental e espiritual. Um baú da minha existência.<br>
Talvez eu parta prematuramente aos olhos mas tardiamente ao coração. Não quero viver ao ponto de não ter mais escolhas. Não quero números, quero calos. Se me tirarem a vivência, que me levem a vida. Me bastou.</p>
<p dir="ltr">Estou perto do meu passado distante. Hoje ele não me norteia. Eu precisava disto. De alguns adeus. De alguns até logo. De alguns olá. Renovação. </p>
<p dir="ltr">Se eu vier a vencer ou falhar, foi encarando o destino. E que seja assim até quando for. Cada página escrita fortalesse o capítulo. <br>
E eu vou escrevendo...</p>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-59101264296586190542015-04-02T08:41:00.001-07:002015-04-02T08:41:25.851-07:00De Boa<p dir="ltr">Hoje em dia talvez algumas coisas pairam pelo ar da tranquilidade. Vejo uma nuance que se alinha, uma trilha que se forma em meio a um deserto sombrio e um denso nevoeiro. Ainda sigo em passos curtos, desconfiados, sentindo um empurrão que me leva à frente mas paredes que me seguram. Dentro de mim há conflitos, não posso deixa-los vencer. Preciso apostar por um momento na contradição, e não apenas em meu coração. Ele bate e clama por mais, eu sei, admito, mas hoje, ele precisa se aquietar por enquanto e absorver o que tem diante dos olhos. Não é muito, mas auxilia a organizar.<br>
Eu olho lá fora, me chama, me suga a alma, deixando apenas o corpo vazio aqui dentro. É viciante, é mais forte que a realidade. Porque eu não sei, mas sinto que a vida passa diante dos olhos, e eu sempre perseguindo, perseguindo.<br>
Tenho essa chama dentro de mim, incandescente, ardida, viva, que me transfere de uma realidade morna, sem cor, aleijada, para um turbilhão de emoções que preciso e necessito viver. Não sei por quanto tempo ela viverá, resistirá ao frio intenso e aos nevoeiros que a cobrem constantemente sem piedade, mas ela, protegida aqui dentro, ainda se faz presente. <br>
Almejo um dia viver sem amarras, sem ditas regras e padrões que não me enquadro. Dias que ao meu lado só quem amar e partilhar, me convencendo que aquilo tudo é o que basta. E pra mim, bastar é conquista, é sensação de satisfação por ter entendido que simplicidade transforma barro em diamante, valores acima de valorizados. E não preciso de mais que isso.<br>
Chegará o dia em que limpei todos os caminhos e rastros do passado, e nada nem ninguém será capaz de me julgar, pois não haverão culpas, deslizes, remorsos ou decepções. E tudo aquilo que um dia fiz, permanecerá apenas dentro de mim, guardado por precaução, esquecido por necessidade, enterrado por merecimento. <br></p>
<p dir="ltr">Mas pra tudo valer...<br></p>
<p dir="ltr">Quero hoje só você. Não preciso de mais nada. Porque tudo isso aí em cima não valerá lhufas se não compartilhado. E ter escolhido você me reluz como certo. Partindo de caminhos tão incertos. De passados dolorosos e confusos. Cicatrizes de feridas profundas, que nos moldaram, educaram, ensinaram e conjugaram nossos caminhos ao que hoje vivemos. Sonho em poder me fazer eterno, em deixar o que for capaz com você pra sua eternidade, inesquecível, válido, precioso. Quero sempre que possível tirar seus temores, afagar seus medos, suprir seus desejos. Os faço e faço com prazer, uma vontade inexplicável mas plausível, arrebatadora e confusa, mas proveniente do destino, que fez, refez, desfez, pra perfazer. <br>
Te observo todos os dias, aprendo você, assimilo você, incorporo você pra poder me ver, e me cravar razões para todas as renuncias e mudanças. Aposto cada dia mais, e estas apostas só aumentam com a certeza da vitória. E ela vai chegar, ela deve chegar, ela precisa chegar. E junto todas as realizações que um dia sonhou, desejos que um dia projetou, caminhos que trilhou em sua mente e que talvez tenha pensado jamais ser capaz de cruza-los, mas estes dias estão chegando, em passos largos. <br>
Aprenda a me enxergar, como já o faz, e terá tudo que eu puder. Me lapide como faço contigo, me transforme e traga novamente o reluzente brilho que já existiu e que por manchas da vida está afoscado, nebuloso. Você tem armas poderosas, basta ter a maestria de usa-las com destreza. <br>
Vamos logo, vamos fazer, deixar pra lá tudo aquilo que possa magoar, que não te joga pra frente, mas te prende pelo pé. Vamos logo, guarde o que merece dentro de ti, descarte tudo aquilo que não lhe é digno, e caminhe sem medo rumo ao desconhecido destino.  Só ele tem as palavras sem respostas, os caminhos sem rota, a vida que ainda não vimos. <br></p>
<p dir="ltr">Ao certo só hoje, e vislumbrando mais e mais, porque me basta fazer isso contigo, e nada mais.<br>
</p>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-31062457322743013652015-03-25T23:17:00.001-07:002015-03-26T00:19:57.043-07:00Inconstante<p dir="ltr">Há alguma coisa ainda que eu estou fazendo errado, e não sei qual é. Um elo que una o que faz sentido aqui dentro, com o que acontece aqui fora. Porém eu não sei sinceramente qual é. <br>
Não procuro culpados, as circunstâncias já se foram, não são mais reflexos de um passado confuso. Arrisquei em uma nova vida e deixei meus fantasmas pra trás. Pelo menos os que conseguia ver. E eu precisava disso pra me sentir melhor.  <br>
Há felicidade, há amor. Mas não há paz aqui dentro. Porque falta um maldito pedaço. <br>
O que precisa para surgir aquilo que vá selar a razão pelos meus pedidos e anseios, e que definitivamente irá me livrar de todas as amarras? Onde está escondido dentro de mim essa chave que ira ignar todos os eixos em um só objetivo?</p>
<p dir="ltr">Pare! Sabe o mais chato?</p>
<p dir="ltr">Eu perdi também a magia das palavras mórbidas, mas poéticas. Meu anseio pela realidade me tirou do fosso dos contos floreados de angústia e feridas hipotéticas, para dentro de um mundo real, bem menos subjetivo. Materializou as trevas que rebatiam dentro de mim, e me atirou aos lobos, como em um conto de fadas real. E eles estão me devorando vivo. Uma dor dilacerante.</p>
<p dir="ltr">Por favor, me traga de volta!</p>
<p dir="ltr">Extendo os braços. Arregalo os olhos. Hoje eu vejo mais claramente na escuridão. Silhuetas respondem mais com seus contornos, e o silencio é tão audível que me atrapalha. <br>
São cores sem tom, segregadas, separadas. São sutis feixos de sombra, e respiração forte, dolorosa, intensa. <br>
Anestesia. Dormência. <br>
Queria um deserto de calmarias. Livre de abutres e serpentes, livre de mim. Do meu próprio abrasivo torturante inferno. <br>
Se fecho os olhos enxergo tudo aquilo que me faz mal, e de repente some. Se fecho os olhos enxergo <a href="http://tudo.aquilo">tudo aquilo</a> que some, e de repente me faz mal. <br>
Calado, eu só queria um mísero elo. Um feixe de luz a seguir me mostrando a direção. Eu não acho. Juro. Eu não acho. E ao tocar essas paredes rochosas e sólidas, sem saída, me arrebato ao desespero. Desesperador. </p>
<p dir="ltr">Um pouco mais de realidade.</p>
<p dir="ltr">Se o presente me assombra, o futuro me desespera. Não há frutos a serem colhidos. Nao houveram sementes plantadas. Outrora isso era bobagem, hoje me traz agonia.<br>
Mas procuro desviar, dissuadir, driblar. E pensar que o amanhã talvez nunca chegue, e que hoje é finito. </p>
<p dir="ltr">Que inferno! Eu só queria paz.<br>
Chega.</p>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-60197625172434524512015-03-01T23:24:00.001-08:002015-03-01T23:34:23.513-08:00Cavalo Selvagem<p dir="ltr">O silêncio que escuto aqui fora não foi capaz de me manter quieto. Desperto um pouco assustado, mente inquieta, arisca, me cutucando à pensar. Ela sabe meus receios, anseios. As vezes me toma como refém, conduzindo-me por entre essas longas noites de buscas. <br>
Nao a culpo, entendo, não é fácil permanecer indiferente diante mais um grande passo, um salto vislumbrando a tão sonhada paz. </p>
<p dir="ltr">Nao há dúvidas. Há temores. Não medos. Temo pelo surpresa indesejável, por atritos e desvios de rota que não me agradem. Por ser mais uma vez impedido de alcançar, me derrubando aos poucos diante as barreiras.</p>
<p dir="ltr">É uma vida flambada à riscos, não há dúvidas disso. Mas a força da necessidade que me faz caminhar, me pega e me empurra. Eu não devo desistir. Eu não vou desistir.</p>
<p dir="ltr">Peço somente, para quem for, ou apenas desejo, que não me atinja novamente com um golpe tão duro quanto o vivido há poucos meses. Eu sinceramente não serei capaz de suportar. </p>
<p dir="ltr">Abra as portas, eu estou atravessando-as, e espero de uma vez por todas que elas me tragam paz, na pureza e simplicidade da concepção da mesma. </p>
<p dir="ltr">Deixo um pouco de mim pra trás, algumas feridas expostas, porém muitas delas fechadas e quase cicatrizadas. É um processo lento e doloroso, mas que entendi que devo passar e tirar as lições de cada um deles. </p>
<p dir="ltr">Ouço de dentro do meu peito esse pulsar, como <u>escritas</u> em braile, uma mensagem sem palavras que só de senti-la já me passa o recado: se bate, te faz vivo, se está vivo, VIVA. </p>
<p dir="ltr">Como eu citei ao começar, não é possível transparecer indiferença diante de tais mudanças. Perfeitamente normal, acredito. <br>
Hoje, esta angústia que outrora me segurava como quem segura rédias impostas à um cavalo selvagem, me fazia parar. Hoje ela me ensina a cavalgar com cautela, mas nunca parar de seguir em frente. </p>
<p dir="ltr">Me dê o mínimo para manter-me em pé, é o que preciso. O suficiente que me permita autonomia de viver capaz de criar novas metas, realizar mais sonhos, almejar mais vitórias, e consequentemente vencer. <br>
Deixe do mais por conta das minhas escolhas e renúncias, que eu aprenda e me cure, que eu sofra ou sinta o sabor das alegrias. </p>
<p dir="ltr">Loucos são aqueles que me acham louco, sem o gosto de um dia poder ter perdido ou vencido por tentar realmente ser real. </p>
<p dir="ltr">Vou galopar. </p>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5448016988141880912.post-82246157639291076152015-02-07T02:52:00.001-08:002015-02-07T07:02:35.060-08:00A Morte Da Esperança<div dir="ltr">
As vezes me pego sem saída, resolvo começar a escrever mais um pouco, deixar registrado aqui fora o que está se passando aqui dentro, mas a mensagem não vem. As vezes não vem. <br />
São seis anos que ponho aqui cada pergunta que não sai da minha mente, que me atormenta dia após dia, me tirando o sono, me trazendo sensações ruins, pois não encontrei ainda as respostas. Hoje já duvido que hajam. </div>
<div dir="ltr">
Em todos estes anos, pessoas passaram por mim, algumas me trouxeram profunda alegria em certo momento, mas depois uma tremenda decepção. Talvez seja eu me decepcionando comigo. <br />
O fato é que o circulo vicioso não terminou. Me parece as vezes como um labirinto sem saída, onde vou viver toda a vida correndo e procurando uma saída e ela não está lá, porque simplesmente o meu destino é permanecer assim, aqui, dentro deste labirinto sem escapatória. </div>
<div dir="ltr">
Cada texto que eu deixo aqui é parte desse labirinto. Um local novo que achei, que não conhecia, e que depois que descubro é imortalizado em palavras. Um dia, haverá alguém que junte todas essas peças e enxergue a razão, e talvez, a saída que eu na minha vida não achei. <br />
Recentemente, eu saí fora de mais uma parte desse emaranhado, foi rápido e muito intenso, e como toda intensidade merece, doloroso e sequelar no final. <br />
"Voei" sobre esta parte do caminho e já estou em outra, tateando, observando, sentindo, tentando descobrir onde ela vai me levar, e as pessoas que vão fazer parte dessa etapa, mesmo tendo quase absoluta certeza do fim disso tudo também. </div>
<div dir="ltr">
Hoje, sinceramente, eu estou inclinado a desistir das respostas e simplesmente observar até aonde e até quando irei resistir. Quanto tempo da minha vida eu vou ainda aguentar os tombos sem perder a sanidade mental e posteriormente, a sanidade física. É fato que quando a mente sucumbe, o corpo padece. <br />
Haverá um tempo em que eu não terei mais forças motoras pra lutar, nem sequer registrar o que penso, o que sinto. Não terei forças pra me manter independente, e não vejo muitos que estarão próximos à mim quando isto ocorrer para que eu sobreviva. </div>
<div dir="ltr">
Já passaram de duzentas peças aqui, neste seis anos. Se você observar bem, ano após ano elas vêm diminuindo, gradativamente, homeopaticamente. <br />
Quando isto aconteceu, e eu também notei, por um momento acreditei que a razão disto era que eu havia encontrado algumas respostas, e que minhas angustias, devido a isto, estavam diminuindo, e logo a necessidade de eu registrar uma parte dela aqui era menor. Mas hoje vejo que não.<br />
O que isto realmente representa é a degradação gradativa pura e simplesmente. É a perda da esperança, da vontade de externar por saber que não encontro as respostas, e que cada vez menos, acho novas partes desse emaranhado, e por isso os textos estão ano após ano, se esvaindo. É a morte da esperança. </div>
<div dir="ltr">
O que escrevo aqui hoje não é tão poético quanto deveria ser, fica mais como um registro da fatalidade singular que vivo, e que praticamente ninguém irá se dar conta. Praticamente ninguém. </div>
<div dir="ltr">
Eu guardo sinceramente, esperançosamente, que depois que meu caminho terminar, alguém seja capaz de pegar tudo isso, juntar e analisar. Pode ser que se feito isso sem a ordem cronológica, sem se limitar a seguir o tempo, alguma resposta apareça. Eu não saberei, mas de onde estiver estarei grato. Esta é uma das pequenas esperanças que carrego, e por isso que ainda alimento isto aqui com meus tombos. </div>
<div dir="ltr">
Neste sexto ano, que está ainda no começo, continuo caminhando, é verdade. Me levantei de mais uma catastrófica queda e estou seguindo em frente. Um pouco mais atrevido que antes, curioso pelo que vai acontecer. Novamente passos diante o desconhecido, mas já estou dentro dessa nova seção. </div>
<div dir="ltr">
Me estendi além do normal desta vez, me peguei sentindo esta necessidade, de tirar cada palavra que havia aqui e deixar imortalizada.</div>
<div dir="ltr">
Estes são meus pensamentos hoje. </div>
Valdir Silva Jrhttp://www.blogger.com/profile/11032197921395590660noreply@blogger.com