Vago

Posso não mais entender, não mais aceitar, não mais construir.
Posso estar confuso, querendo morrer, querendo sumir.
Mas quero mudar.

Porque devo mudar, creio que sim, porque devo agir, creio que não posso. E tenho medo de sentir tudo de novo. Mas existem tantas coisas que eu gostaria de sentir de novo. Muitas boas, muitas impossíveis de serem revividas. Mas eu lamento o que não posso alcançar, tudo aquilo que me transtorna. Confuso, como gosto de ser, adorável, como posso querer ser, imperdoável, como sempre sou.

Eu não luto mais.

E não quero me lamentar pra ninguém. Isto aqui é meu tumulo, meu caminho, meus pergaminhos de dor. E não são para ninguém, a não ser para os que achem necessário. Aproveitem, me destruam..
Meus gritos no vazio jamais vão acabar, porque eu jamais estarei sobrio novamente. E isto me conduz a todas estas palavras. Eu gosto delas. Meu alívio, meu divã..

Quand eu encontrar o caminho meu corpo vai parar. E minha mente em coma vai agradecer por eu ter finalmente conseguido transpor os meus próprios medos, e barreiras. Esses medos me descrevem, essas palavras confusas estão sempre ligadas, contando uma história, uma mórbida história, de morte sobre a vida. E jamais compreendida.

Quero estes registros, que para sempre vão dizer o que sou, indestrutíveis...
Imortais..