Fim

E esta montanha-russa me levou a extremos. Me puxou pelo braço fazendo acreditar que o impossível poderia ser alcançado. Que por mais que lutemos contra, o destino te conduz sempre pro seu caminho, seja ele complexo o quanto for.

Eu vi esperança, eu vi futuro, eu vi olhares que me tiraram do rumo e sorrisos que subornaram minhas verdades. Eu li palavras que afagaram meu peito, e acalmaram minha alma. E eu vivi. Soltei as rédias do impossível e me deixei levar. Erro?
Sangrei, como talvez eu nunca havia sangrado antes. Castelos desmoronados, egos inflados e invejas alimentadas. E eu mais uma vez, desiludido, respirei e busquei a esperança que sempre mantém intacto no que sou. Enterrado em meu peito, sentimentos que não são legíveis, que não dão as caras por segurança e experiência.
Nos braços daqueles que sempre estiveram aqui, esta montanha-russa me jogou de volta.

E ali estava, junto com aqueles que acreditava jamais me deixar. Considerado irmãos, junto daqueles que me afagavam nas recaídas e que eu poderia contar por toda a eternidade. Irmãos não de sangue, mas de alma. Cúmplices de nossos atos. E vivíamos nossa verdade, suportando as tempestades que assombravam e sonhando com nosso futuro. E riamos, riamos de saber que nada seria capaz de destruir o que nasceu natural, o que foi forjado pra ser eterno. Para sempre?
Sangrei, como talvez eu nunca havia sangrado antes. Castelos desmoronados, egos inflados e invejas alimentadas. E eu mais uma vez, desiludido, respirei e busquei a esperança que sempre mantém intacto no que sou. Enterrado em meu peito, sentimentos que não são legíveis, que não dão as caras por segurança e experiência.
Nos braços daqueles que sempre estiveram aqui, esta montanha-russa me jogou de volta.

No fim desta montanha-russa, quando vc entrega as armas e se ajoelha, não derrotado, mas exausto de suas surpresas, de seus desvios bruscos e suas quedas sem fim, recomeço.
E mais uma vez, seus olhos vislumbram possibilidades, constroem historias e mapeiam futuros. Novamente puxado pelas mãos para uma subida ao desconhecido, com a segurança e força que haviam lhe sido tirada, renovação. E enxergar o infinito é maravilhoso. Os caminhos que se cruzam, que se moldam em um só. Os medos que se forjam, os desejos que se namoram. Viver!

Este ano termina assim, entre afagos ao céu e flambadas ao inferno. É isto que me faz sentir vivo, é isto que também me matara.

Um dia.