E não escapo se encontro o Sul. Prende, fascina por suas paisagens e formas, cores e sons, desperta o prazer. De onde vêm tamanha força, inicio das marés, que inundam e afogam os desavisados. Me destrua se podes, sem toques, sem força bruta, olhos de pantera, matadora. Leve e livre sobre seus saltos, coragem a mostra, rasga a paixão.
Das rosas que circulam por seus contornos, cores vivas, do lado de cá não percebes a violência que causas. Ponto. Me toma as palavras, me tira o constrangimento e me devolve a inspiração, mas me toma as palavras. E se viva se faz, que corra o sangue quente e vulgar, perverso e dengoso, e no fim, murmuros. As vezes te confundo, não?
Metáforas não lhe agradam, pasmem, Sul, vigor e viril, e metáforas te assustam. Loucos aqueles que não se despertam ao vê-la, de louco não tenho nada, rijo e forte, tu me tens assim. A verdade é discreta, como foram de sutilezas feitas estas palavras, que não dizem o que lhe possa entender, mas que conseguem saciar a sede por muito tempo.
Sul, assusta-se. Mas não explorei seus desvaneios, nem suas fraquesas, nem de perto seu eu. Lugar bonito que prende quem passa, sequestro sem abuso, cativeiro prazeiroso e eterno.
Quero do encanto que me fascina ser escravo, se rir, saberás que podes.
Quero do encanto que me fascina ser escravo, se chorar, saberás que é verdadeiramente, mulher.