Análise I

Na vida não fazemos escolhas.
Somos fadados a fazer mudanças, nos levando a conviver com aquilo, seja ela boa, ou seja ruim.
Isto também é conhecido como destino, algo que nos é designado, talvez escrito realmente e exclusivamente para cada um. E ser cético com relação a isto é ao mesmo tempo racional mas também dolorido, principalmente quando você se da conta que o destino esta sendo muito filho da puta contigo. E mesmo as vistas daqueles que de mim só tem a pele, parecer que tudo corre a mil maravilhas, sinto-lhes informar que o buraco é bem mais embaixo. Não que eu vá aqui dissertar sobre o tema, mas apenas um alerta aqueles desavisados que julgam meus passos pelas migalhas que exponho homeopaticamente em sites sociais e adjacentes.
As vezes mantemos seqüelas de passos dados no passado, é inevitável, situações e fatos marcam nossas vidas e o que temos na memória nada mais é que a impressão visual e sentimental dos trechos já vividos de nossa existência. O que virá a seguir esta lá, mas infelizmente, no meu caso, ou felizmente para muitos, você não pode escolher como, nem quando, estas novas cenas serão fixadas e vividas. Simples, sim, fácil, não.
O problema acontece quando tais seqüelas entram em conflito com as seqüências reveladas agora da sua vida. Aí você se torna o tal refém das mudanças obrigatórias citadas no inicio.
Eu confesso que não convivo muito bem com isto, alias, nada bem. Quando essa pororoca da vida acontece entro em parafuso. E não importa se você é forte, brabão, tatuado ou merdas assim, se você se importar e tentar entender, você vai parecer um menino com fimose. Não tem saída.
O que sua mente faz é ao mesmo tempo tentar compreender os fatos e buscar uma saída, como também lhe impor que isto deve ser assim, e que mais cedo ou mais tarde o que tem que ser será realmente. Sinceramente gostaria de conviver apenas com um desses dois sintomas, evitaria eu estar aqui agora refletindo aos ventos.
E claro, dentro deste filme, repetido para muitos, porém inéditos para aqueles que não lêem a sinopse e fazem de suas vidas uma mesmice sem importância, existem pessoas com você. E você conseguir com que algumas dessas pessoas tenham um papel importante no seu longa metragem, mesmo você não sendo o diretor, é complicado.
Ok, chega de metaforizar com filmes, a vida tem toque, cheiro, e conflitos reais.
Na verdade eu só queria que as coisas caminhassem harmoniosamente. Eu já disse isso antes, mas obviamente que tal fato não depende só de você, envolve a compreensão de algumas pessoas que lhe cercam, que gostam de você e que sejam capazes de assimilar que nem sempre temos a força pra alterar ou prematuramente mudar o rumo de nossas vidas. Cada passo de uma vez, eu penso.
É, mas talvez eu pense errado desta forma e deveria ser abrupto, mas não encontro forças para tal, eu procuro, juro, mas é fadigante à alma, tira o sono e te transforma em um zumbi.
Ainda não sei o que fazer, quais passos serão dados, o que "tem pra mim". Mas to cansando de esperar e ao mesmo tempo ainda guardo os temores que sempre me cercaram.
Eu não mudo meu destino, mas sou capaz de um fast forward pra ver o que acontece? A resposta é sim. A merda é que as vezes este botão é apertado por outras pessoas, e aí meu camarada, SE VIRA.