Capítulo Um



E quanto mais ele olhava aumentava a crença
De que nada de novo conseguiria fazer. De que mentes se fecham como prisões.
E mais e mais aumentava a crença, que suas palavras se dissolviam ao vento. Que talvez fosse a hora de parar de insistir em quebrar as amarras.
E por mais que fizesse por merecer seus afagos, muitos ainda o agrediam com insultos impensados. Faziam chorar, adoecer, se deprimir sem perdão.
E seus dias caminhavam rápido, e suas noites eternas como o infinito. Ao acordar no silêncio atormentante, onde os olhos nada viam, ele tremia. Combinando seus atos com sua maneira de ver o invisível, nem ele ao certo saberia a verdade.
E então suas palavras ficariam cravadas no tempo pelo menos servindo como anestesia para todas as suas dores.
E ele sorri ao recordá-las, e ele sorri ao reparti-las com amigos.

Guardadas para seu futuro, criadas por seu presente, representando seu passado.