Funeral


E quando olhava para os lados ele via as paredes que esmagavam seu corpo. Nada podia fazer a não ser murmurar por clemência, mas ninguem ouviria seus chamados. A alma ferida nada mais atraia a não ser o turbilhão de tapas na própria cara. E quanto mais ele pensava, mas os nós se atavam. E por não ter feito o que lhe foi insinuado, ele pagava o preço.
Mas nada mais iria enterrar os remorsos que restaram. Em sua cara a velhice, a marca de não saber onde errou, onde cometeu o deslize derradeiro. E nada mais o faria sorrir novamente, não como os sorrisos que por sua vida cativaram suas paixões, seus amores, suas amantes.
O poder que sucumbe ao tempo. E suas meninas se tornaram mulheres, e suas mulheres, mães.
E vejam o fim do que sequer começou, e vejam o que alimenta o pior dos sentidos humanos
E qual seria?