Cai, e sara.


"Vermelho como sangue, que dói aos olhos, que fascina ao brilhar, sem sequer pedir permissão. E gruda a cada toque, e se puxado, sorri, sem nenhum pudor. E enrrosca como pequenos nós, cegos, firmes e fortes. Perfume doce, mel que vicia, seda.
Branca como neve, semente de diamante, que se marca aos apertos, vergões e arranhões. Sente o calor que brota e faz suar, sente os dedos que apertam, subornados por curvas tentadoras, irresistível, presa fácil que mata a qualquer um.
Dourados como ouro, que hipnotizam, que transcedem ao real, passeiam por cada detalhe, pedem e recebem. Se fecham sem controle, confessando o mais puro sentir. Te invadem a alma, sequestro premeditado. Impossível segurar por dois segundos sem se ferir.
Rosa como a flor, mas que morde, deixa marcas, que revela alegria, que tira de você o que tens de mais precioso, e faz questão. Pede, deseja, externa falta de pudor, grita, e se cala. Passeia por cada ponto. Tudo é permitido. "


Supreenda-se com o que não está em livros, sem segredos, sem nexo, sem razão, e porque vivemos assim, e sabemos que nada tira de nós o que chamamos de essência. Primitivo e deslumbrante.
Não, não pense que sabes o que lê. Muleque.