Esconderijo

Pessoas.
Tão sábias as vezes. Perfeitas.
Sorrisos amarelos, daqueles que apaixonam de falso.
Perfumes que atiçam, vestidos que colam. Saltos.
O que ser daqueles que não entendem pessoas, como eu.
Seus remorsos e atritos, duvidas sobre as verdades, certezas nas mentiras, premeditadas. Pessoas e seus amargos rancores, envelhecem, tiram o sorriso dos lábios, a cor. Aquelas que se perdem por paixão, inconstantes mudanças de humor, de amor. Talvez o ódio motive as pessoas a perda, se faça necessário,
para que nos desprendamos dos males.
E sāo estas pessoas insanas que nos machucam e ferem, nos cutucam feridas, palavras em nossas bocas, delirios infâmes, frieza. Dureza.
Não sou poeta ou filósofo, màrtir ou deus. Sou pessoa. Rio e choro, compartilho dor. Procuro felicidade.

Mais ou meno assim:

"Felicidade que se esconde,
matreira, muleca.
Menina dengosa querendo carinho,
que chora na espera.
Me diga onde estas, seu caminho,
seus detalhes. Me ensina a te gostar, não
sou adivinho, me traio, me esqueço, se
lhe perco de vista choro, menininho, com medo.
Te procuro no escuro, nas noites plurais,
tristeza singular, se te faz presente juro,
ir embora jamais.
A, felicidade. Caminhe ao meu lado, se exiba,
seja perua, se pinte, maqueie, perfumes e luxo.
De mãos dadas seremos um só. De mãos dadas.
Se acredita que pode se esconder pra sempre,
se engana. Vivo em seu rastro. Sigo sua chama.
Que brilha, reluz, traz as pistas, que a ti conduz.
Felicidade."