Brilho


Leve, livre, solto, rasga os mais temidos espaços e locais. Sombrio e torturante, com medo, com dor, liberta e renova as mais cansadas almas.
Ainda não morri, reluto contra as garras que me seguram no limbo seco e velho. E ainda restam sim, forças para o ultimo olhar fixo, a ultima amarra que me prende.
Sorrir, olhos arregalados, e inspiração.
Tento novamente remar contra esta correnteza que me conduz precipício, e aos poucos os remos quebrados e sem utilidade dão lugar a novos impulsos, com um broto germinando, fertilizado por corações. Não quero pensar em nada além disso, não quero dar espaço aos temores, a tudo aquilo que me rodeia.
De onde não se espera a luz, o brilho se revela, e com ele, a suspresa de achar uma saída. É um momento melhor, um momento de absorver o que está sendo emitido, tudo que esta ao seu redor. Receba, faça a força crescer, e lute contra o que era inevitável.
Sucumbir aos delírios da mente sempre refrescam a alma. Eu tento sonhar, mesmo que por força, sair de dentro todo o ser, toda as cores e tons. Nuvens claras que lutam contra o tempo escuro e sombrio. Rasgam o céu, abrem espaço ao infinito.

Noites inteiras ao invés de momentos de sono
Sorrisos ao invés de lagrimas abandonadas
Passos pra frente ao invés de recuos
Minha força ao invés de fraca raiz


Um labirinto de círculos