Distante


Por onde andam os redemoinhos que confundem minha mente?
Dias de calmas marolas, que não afetam o rumo dos barcos, nem de seus tripulantes. Talvez minha mente esteja flutuando por um espaço vazio sem querer se prender a nada, talvez anestesiada de tantas pancadas que havia tomado. Merece um descanso, um pouco de paz, mesmo que irreal, mas apenas para dar ao tempo espaço de curar as feridas mais abertas.

Ainda balanço sem direção, em um centro único que não me permite nada mais do que voltas em torno de mim mesmo. É algo estranho, não sei direito explicar, ou sei?

Ela esta se escondendo, desviando dos meus olhos sua presença, retirando de mim suas raizes, mesmo que à força. Confesso que não estou bem com isto, não quero aceitar imposições, não faz parte do meu perfil. E então porque diabos estou perdendo entre meus dedos? Perguntas, não são bom sinal. Não gosto delas.
E então estarei a deriva, ao destino sem controle, flutuando sem ponto certo por um infinito as vezes tempestuozo e outrora inerte. Não enxerga porque? Sabes que controla estes lemes e direciona para onde quer. E porque não mais? Perguntas, não é bom sinal. Não gosto delas.

As escolhas doem, evito escolhas. Evito ter que pensar em escolhas.
Não acho que você se daria melhor. Algo a se considerar.
Sentindo-se despencando.