Coração
O ano se foi, e depois de todas as tormentas e tempestades que passei, hoje clareia mais um dia de sol, limpo e sem trovões. E se por um lado sofri aprendi, e se por um lado chorei, sequei meus olhos. Porque nada agora derruba o que eu vou construir, mesmo que mil furacões estourem nessas paredes, mesmo que pedras sejam atiradas, as facas não mais vão me ferir. Nada é mais forte que eu.
E a serenidade que reflete do brilho dos meus olhos é apenas e tão somente o deixar acontecer. E nada mais que isso. E isto incomoda muitas pessoas, e inconforma outras, e tudo isso faz parte. Pois quem escolheu, hoje não é mais a escolha. E a quem hoje triunfa, flores, e meus braços extendidos.
Neste 2010 de novos brotos, neste 2010 de novas chances, as minhas cartas estão dadas. E garanto que todos os "coringas" eu tirei do baralho, pois não haverão trapaças. Um jogo limpo, eu ganho e deixo você ganhar. Jogaremos...
" E ele decidiu acordar com o toque dos seus lábios, e esta historia é por você. E que as lagrimas que um dia derramou pelo inconformismo e incompreensão, com os dedos, seco cada gota. E une distâncias, encurta espaços. Ele pode fazer isso. Alcançar todas as mais altas cachoeiras, e sorrir apenas de satisfação. Mãos dadas, agora elas não se desgrudam, e eles vão lutar, por cada espaço que surgir, e por cada espasmo de felicidade que puder alcançar, na alegria, na tristeza. Ele já teve tudo, mas hoje vê que tudo pode ser trocado por apenas um gesto, um verdadeiro gesto. Ela sorri."
E quando os textos terminarem, sintam-se felizes, pois é a maior prova de que de bem com a vida eu estou. E quando os textos não mais apareceram, sorriam, pois eu estarei livre. Sem dor, sem dó, sem culpa. Sendo apenas eu, do lado mais belo.
Peço permissão pra ser feliz, obrigado.
Imensidão
E por isso choro, por pensar nas pessoas que passaram, por pensar nas histórias que vivi, nos momentos que criei, nos dias que compartilhei, e sei que tudo vai embora. E não adianta lutarmos contra o inevitável.
E sei que outras pessoas sofrem, por viver com a gente, por terminar com a gente, por descobrir que os momentos felizes se foram, e apenas as lembranças ainda alimentam isso. E lembranças doem.
Porque queremos sempre mais, porque queremos compartilhar vidas, e sorrisos, e beijos. E nada disso sobra, por mais cruel que seja.
Hoje penso nas vidas que vivi junto, das promessas que fizemos, dos tempos em que lutávamos contra o mundo para poder ter o nosso, e tudo isso foi válido, e é sempre válido, porem finito. E isto esta me corroendo a mente neste momento. Saber que os buracos vazios nunca são preenchidos, e que mais e mais deles surgem a todo momento, e todo dia.
Mas mesmo sabendo de tudo isso:
Eu gosto de você. E sabe que é importante, que faz o que deve ser feito, e que pra sempre vai ser inesquecível, mesmo que acabe. Porque você quis, você lutou pelo que sentia, e conquistou o que queria. E isso eu sei reconhecer, e te dei tudo que podia, tudo do mais puro, do mais real. E tenha certeza que poucas pessoas tiram isso de mim. Não nos encontramos por acaso, e tudo que aconteceu, faz parte da nossa linha de vida. E "as horas lindas que passamos juntos" existiram sinceramente. E se fiz vc descobrir que a vida pode ser mais, se fiz você entender que não existe obrigação de ser como todos querem, e como todos acham correto, e se "eu chorar se você quis é partir" ou "te lembrar de quando a gente andava nas estrelas", eu fiz com todo prazer.
Pois "a nossa história não termina agora".
Temor
Quero escrever sobre os fatos, e de como eles são cruéis. Quero escrever de como não espero mais nada dessa vida. E foda-se se você vai me dizer que sou novo, que ainda posso conseguir. Conseguir o que? O mesmo que você? Ou que o vizinho? Não é isso que eu quero. E o que eu quero?
Apenas ter sorte. Mesmo não acreditando mais nela, eu gostaria desse sabor pelo menos uma vez.
E andei pensando sobre mim, e sobre as pessoas que me cercam. E sobre as consequências dessas pessoas estarem ao meu redor. Eu não tenho sorte, logo, transmito isso ao meus amigos. Que também não conseguem coisas que talvez se eu não estivesse por perto, conseguiriam.
Hoje é um desabafo, e não me importa também se você vai me dizer que estou me colocando como todo o mal do mundo, que estou achando que só eu sofro, que só eu que me ferro ou algo assim. Eu falo o que estou sentindo, o que estou pensando agora, neste momento.
E penso que a felicidade não caminha mais junto comigo. Ela veio, apareceu, deu as caras e se foi. E este é o mais puro retrato da verdade. Não existe o sucesso, não existe o tão esperado ponto de sonho, meta a ser atingida, porra nenhuma.
O que fica são as frustrações. O que resta é apenas o gostinho do quase, do passar perto, do talvez dê certo, mas que no fim é óbvio que não dará. Porque estou fadado a isso. E não me interessa se você vai se preocupar ou não. Alias, eu quero mesmo que apenas me deixem em paz. Só isso.
Eu me revolto comigo, por ser obrigado a viver assim, sacudido pela esperança, enterrado pela desilusão...
...e repito o que sinto. Que as pessoas que me cercam perdem a sorte também, e eu sou a culpa. Dia após dia reavalio meus passos, e concordo com todos eles, apenas não quero mais caminhar. Chega. Cansa essa desordem que é viver, essa montanha-russa de promessas, esse circo de desgosto.
Falsas promessas, discursos marcados, sorrisos amarelos. Eu não vou mais sorrir.
Pra que lutar nesta batalha sem glória, pra que morrer pelo que não se importa. Eu não mereço, e isto é o mais perto da realidade que posso chegar, e de onde não vou sair.
Eu desisti, se algo de bom vai acontecer, realmente bom, que me surpreenda. Que bata na minha cara sem dó, e que faça eu morder a lingua e sangrar até o fim.
Mas enquanto este dia não chega,
Vivo minha Morte.
Correios
Sim, você!
Seus cabelos lindos, escorrem entre os dedos.
Seu sorriso que se não mata, hipnotiza,
Seus olhos que transmitem o que sente,
Sua voz que seduz inocentemente.
Tão doce!
Tens o poder da paixão.
Teu corpo seduz. seu jeito seduz.
Tigresa escondida, sabes que és.
Toque macio como seda
E então ali!
Entre todos os outros, surpresa.
Estava perdida? Destino
E não nego as palavras
Expresso emoção
Louca, varrida!
Labios perigosos, é certo.
Lutamos e fugimos, pra longe
Lugares distantes, vidas distantes.
Amor!
Antes que acabe, saberá
Ao anoitecer, sentirá
Assim como o filme, assisti!
Agora, escolha.
...fim.
Procurando
Como tentar encontrar um local antes nunca explorado. Descobrir aquela colina, onde o sol dorme ao fim do dia. Onde podemos apenas sentar e largar os olhos ao horizonte. Mas isto é difícil.
Os caminhos cheios de pedras, que ferem, que dificultam uma jornada próspera. Muitas desistem, alias quase todos, pois não há quem goste de lutar eternamente. E sinto que vivo essa luta constante, e que lanças são atiradas a esmo, sem o menor pudor, apenas e tão somente para ferir a caminhada.
"Feliz como ao acordar,
De fato contente de brilho no olhar
Não sejas fraco, sem dor não há vitórias
Mesmo que não louvem seus momentos de glória
Finco os pés no chão, caminho
De onde tiro forças, sigo sem dó
Percebo a tempos, sempre sozinho
A vida a luta, a morte ao pó
Caminhos são escolhas, decidimos
Se deseja parar, optou
Desejo lutar, com o que ainda sobrou
O sucesso não vejo
Como eu disse, um pequeno lampejo
Para mim são escolhas
Muito mais que desejo."
E como é simples estragar esta tal felicidade. Com um detalhe, com uma imagem, com apenas gestos, e novamente estamos lá, afundados em mágoas e combustível para escrever. Livre para escolher, de onde não pode sair, de onde fazemos promessas, que iremos cumprir?
Eu não sirvo para agradar aos desatentos, não procuro te inspirar, e não sou fonte de suspiros. Não?
Lá se vai a tal felicidade, mas por um lado estou centrado, e focado na ideia certa. Não?
Quer saber, de mim, nada.
Osromer
Hipnotizar sem saber, eu escrevo por instinto, e você não descobre o caminho. Não sou poeta, versos errados, pequenas estrofes, refrões e palavrões. Do lado de cá eu me sinto maior, e não tenho limites, não construo regras, não sinto frio, e só atraio, mais e mais.
Chuva, inspira poetas, haha, eu não sei o que é ser um poeta. Não penso, auto-denominação, jamais aceitaria tal título. Sou imaturo ao extremo, e subjulgado aos montes.
Neste mundo de críticas e sarros, onde os mais fortes se tornam problemas, onde os fracos não aprendem, e onde bocas falam mais do que o par de ouvidos possa escutar. Se calar a boca, aprende, dia após dia, para ter base para ser diferente. Cuidado com a hipocrisia.
Troco suas mil páginas de palavras por 1 segundo de gesto. Qualquer toque. Te tira do centro. E eu rodo sem rumo, tonteio e caio.
Não leio porque não me agrada. Não preciso da leitura pra criar palavras, elas se criam. Vamos todos nos ater a pureza dos gestos. Não preciso ser perfeito. Esta na mente de vocês, criam e matam, alimentam e podam, apenas de tempos em tempos eu sofro.
Aqueles que não levam a sério o que estão lendo jamais sairão de seus infernos. Engolem seus desgostos, soluçam sua raiva, e choram seu sangue. E continuam ali, sendo aquilo.
Eu começo de um jeito, termino de outro, me faço entender, e dou risada. Eu emito um som, maqueio um sorriso, e dou risada. Eu levanto seu corpo, toco sua mulher, e dou risada.
Não escrevo pra te libertar, apenas te mostro que existe outro lado, de onde você vê a si mesmo com asas, com uma pequena dose de fantasia.
Mas não, o melhor é se afogar em remorsos.
Ah, os remorsos...
Fresta
Círculo
O sussurrar das ondas, como são belas, inconscientes, nos dominam, nos preenchem a alma com apenas dois movimentos, ir e vir. Tão simples quanto isto, lhe entrego sorrisos, fáceis, de verdade, e sem nenhum constrangimento. Sorrisos apenas.
É um pequeno quadro, caricatura da vida, destorcida por maus pintores, por falsos artistas. É a leveza da sabedoria natural, de onde ninguém consegue sair, quanto mais entrar. Calmo, cada dia mais calmo, e parece que nada é tão normal.
Tê enrrosco em meus pronomes, verbos e metáforas, te trago aos braços e te solto , e você rodopia como em um conto de fadas, no ritmo incansável e sufocada por doses de amor. Seu vestido, vermelho, roda, sem transforma em sangue, reluz ao toque da luz, e você se encanta com essas metáforas.
Lindo sempre que possível for. Sem muitos tratos, sem muitas regalias, apenas lindo como se deve ser. E cada pedacinho de palavra sempre chega ao alcance dos seus olhos, ou dos delas. Eu acredito sempre.
É muito fácil soltar o corpo e deixar a maré te levar, é simples assim, como escrever, tirando de dentro o que tu quer, o que eu quero, e sem que ninguém mais descubra, mas vale a desconfiança de todos. Irracional e real. Eu leio, você lê, e chegaremos ao contexto de que o que quer que eu diga a você, estarei dizendo a mim, e confundo todos, sem o menor problema, pois assim cerco a indecisão.
E por tudo que eu passo eu absorvo o simples, usando da melhor forma possível, pra mim. Conclua seus pensamentos, por mais que no final as conclusões te confundam...
...dará voltas e chegará em mim.
Casulo
Sem sons, ruídos não me tocam
Estremessen tudo ao redor
Seus espasmos não me provocam
Posso sentir, mais do mesmo
E ao mesmo tempo, indiferente
Viro para o outro lado, corpo dormente
Sem vida, sem gana, aos olhos dos outros
Côma.
Sutil e mudo, criado por mim
Por um começo inglório, melancólico fim
Explodo sem nexo, estopim
Me faz bem e protege, descanso assim
Quero sair e olhar os contornos dos vultos que rodeiam minhas passagens, olhos famintos a procura da caça, do que ainda não sinto o gosto, mesmo que amargo. E de que adianta compartilhar do seu universo melancólico, dividido entre grãos de verdade e montanhas de hipocrisia. Mais do mesmo, inevitavel. Como as palavras que se eternizam aqui, inevitáveis e reais, respiro o enxofre que exalam, consumindo meu corpo. Talvez incapaz de desatar os nós que trancam as passagens daqui de dentro pra fora.
Voem, esqueçam o que lêem, isso não significa nada a não ser para mim. E conformismos me assustam. Psicólogo dos seus erros, jamais.
Sem sons, ruídos não me tocam
Coberto por uma imensa camada de desgosto
Seus espasmos não me provocam
Posso sentir, mais do mesmo
E então me calo, olhando
Por fora casca viva, sangrando
Poça.
Reflexo
E fingimos ser aquilo que não somos. Nos enganamos, nos subornamos. Nos tornamos vítimas de um auto-sequestro. Maquiamos a alma, fantasiando o corpo, podando vozes, cegando atos e dilaceramos sentimentos. Sua vida se molda, vira do avesso, e você sorri, cego daquilo que passa por seus olhos.
Compensa seus erros com novos amores, compensa seus tropeços com novos degraus, e sobe, e cai, novamente.
Escuta críticas, destrutivas. Sarcasmos e sarros, pedaços de satisfação pelo seu insucesso. Se intrometem em seus atos, caminham sobre seu mundo, e o que deixam para traz? Feridas.
E assim convivemos.
Mas ainda é duro aceitar, entender o que faz alguem se desprender do correto, de tentar errar, e gostar de dor, de machucar-se, de não pensar do porque que os detalhes nos mostram como as coisas funcionam. Irracionais tais atos, impróprios, imaturos, inseguros. Não penso que esteja certo de tudo que posso fazer, mas estou certos dos erros que não cometo, das tentativas que não são atoa, e de aprender com você, que erra.
E as pessoas se esquecem, se trocam, substituídas como mobílias. O que você oferece hoje, se perde amanha, porque aquilo é obsoleto. Entende?
Eu acredito na irracionalidade das pessoas, desenvolvo sobre elas o meu sucesso, corrigindo-me por seus erros, me dando o caminho das pedras. Mas não sou capaz de suportar isso para sempre.
Peço meu desabafo de alma, meu descanso, onde possa ser inatingível, intocável, de onde não possa sofrer, nem ser julgado.
Louco, em vão.
Sangro
Nas batalhas que a vida me pôs, como um forte soldado lutei, mas sem méritos. Sem medalhas decorando algum uniforme ou algo parecido. Sem homenagens ou condecorações por obras ou feitos. Não há sucessos. Não houve frutos. Dos mais altos pontos vi todo o horizonte de esperança e glória, mas como uma bela paisagem, a distância separa o real do sonho. E me questiono ainda, por mais que a calmaria insiste em aparecer, eu me pego em meio a controvérsias e angústias repetidas.
E de que importa o que falam? E de onde viria a paz que confortaria meu ser? E de palavras eu estou cheio. De histórias e atitudes que afagam um cadáver, eu estou cheio. Alguns atos apenas enxertam um corpo vázio, maquiando seus temores, subornando seus maus, tapando seus olhos sobre o transtorno. E disto tudo estou cheio.
Ainda espero por você, esperança, como outrora em sutis termos lhe implorava por surgir, hoje clamo por ti. Me estenda um braço, me segure a mão, te espero na forma mais linda que possa imaginar, e lhe espero portando um sorriso que me apaixone, e que me acolha, e de onde eu não possa mais sair. Com perfumes que me dopem do mais puro sentimento de felicidade. Me ache.
Do lado de cá me nego a viver, me podo aos prazeres, me confisco o mundo. Não, não quero mais. Me tirou a razão, gana, luta, e não quero mais. Aleijado pelas circunstâncias, posso apontar os culpados, e dentre eles estou eu, mas, posso apontar os meus cúmplices. E temo que nem eles serão capazes de reconhecer à mim. Desfigurado, retalhado e então, sangro. Do mais vermelho e denso rio de sangue brotam esses focos depressivos que não dizem nada a ninguém, senão à mim. Das farpas que retiro do meu peito a cada dia, sangro, e mais um buraco se abre, sem coágulo, sem dor, senão à mim.
Meu Deus, qual o sentido? Pasmem o ponto onde chega o desespero, e repito, meu Deus, qual o sentido? Quando tudo que se vê te provoca. Quando tudo que se vê, te enterra ainda mais...
Qual o sentido?
O Sul
Passos
Desafios sem medo, etapas sem fim. Vitórias que com o tempo são esquecidas, alimentadas por derrotas que ressurgem sempre e sempre para rasgar a alma. E os ventos nunca param de soprar.
Quero sentir a força da paz. Os caminhos que nos ensinam a chegar a este ponto. Quero sentir o pequeno momento que vale por anos. Transpõe os estilhaços que decoram meu caminho. Espírito calmo e serene.
Não desejo mais a luta, a ganância que corrompe à todos, que limita a pureza de ser simplesmente humano. Procuro entender o que me é mostrado, e de dentro do meu mundo, livre, sinto os ventos que não param.
Loucos varridos que tropeçam em seus pequenos frascos de rancor. Menino mal, vingativo, não merece perdão. Incorreto é pouco para classificar tais pessoas, mas nada me transpõe. Seus dedos não me tocam, seus sons não penetram meus ouvidos, suas facas não me provocam feridas. Força.
E por meio as tempestades lá estão aqueles que estendem os braços. Mãos limpas e firmes para o mais forte apoio. E estes são diamantes, reluzentes e puros. Sem valor comercial. Sem venda, sem reposição.
Parto pra mais uma travessia, neste deserto de vida, nesta multidão de gritos mudos. De onde não saio, e de onde eu não posso ficar.
Ventos...
Brilho Fosco
Louvo a paz de espirito. Sentado ao sol, os olhos distantes, fora de meu mundo. Transponho sons, medos e as redundantes angustias. Louvo as chances dadas a mim, de ver através de muros, de sentir com a alma, a mais pura essência.
Louvo o dom de ser amado, de sentir-se amado, e de ter isso pra mim. E ninguém nunca vai tirar o brilho que ofusca a vista dos invejosos. E mesmo na tristeza do erro, e mesmo na escuridão da traição e das mentiras, eu louvo a tentativa, e os acertos acima dos erros.
E acredito que vencerei, talvez não da forma que desejei um dia, mas sendo capaz de perceber a sutileza dos detalhes, a riqueza de uma palavra, e a delicadeza de um gesto. E aqueles que comigo estiverem, cheios de amor estarão. E aquela que criar meu filho, será abençoada, e nunca mais me perdera.(agiliza!)
Louvo a minha pequena capacidade de escrever grandes coisas, e isto me faz bem, e posso mostrar-me, a todos aqueles que são relevantes. Obrigado.
E não escrevo hoje sobre dor, ela hoje não existe. E não escrevo hoje sobre meus gritos mudos, pois eles não existem. E aqui talvez nunca realmente surgirão.
E neste vagão, rodeado por aqueles que jamais me notarão, reservo lugares, que serão ocupados por quem me faz feliz.
Um horizonte de esperança em um infinito de erros.
Este é o testemunho de um segundo mundo, é a vida se faz presente. Sempre queremos tocar nossos sonhos e transforma-los em verdade, eu consigo.
Sapato Preto II
"Hipnotiza, corrompe, pecado que desperta amor. Toque do calor, pedaço de brasa fria, arde sutil, entrega nos olhos o que sente, maltrata os desejos, e deixa, por mais proibido deixa. Contornos fumês, sombra que revela o que mata, satisfaz e provoca e não para. Vicio, desejo e querer. Doce, forte e sincero. Não há razão pra não ser, não escolheu, não decidiu, acontece sozinho. Inocência madura, que pisa onde quer, sapato de vinil. Não tenho culpa."
Culpa:
"Plena e incontestável. Provoca e ameaça, sabes que vence, provoca e consegue, sabes que tens, provoca e pede, sabes que merece. E deseja sem medo, e resiste aos furacões, e provoca e desfalece, sabes que venceu. Culpada por existir, pecado à flor da pele. Quem não entende desdenha, inveja que alimenta. Mas não afaga sua culpa, fato."
Fato:
"Não tem porque não. Medos que se foram, e daqueles que existiam, hoje restam apenas boatos. E quando vêem, não compreendem, e se corroem por isso. E ali onde desejou morar com belas cercas e paisagens, com suas montanhas que se destacam a luz do pôr-do-sol, é onde pretendem morrer."
Risos Mudos
Tão somente me calo, parado
Não grito, suspiro, ronronar
Dor que não alivia, cala a alma
Se queres percebe arrebatar
Dos pés a cabeça, de dentro pra fora
Luz que se apaga, me ponho a chorar
Não sofra por mim, criatura
Luto por ti, tão bela ternura
Acreditas no amor que corrompe
Sucumbe aos desejos
Não sofra por mim, criatura
Suspiros sem tom, lampejos de alma
Alivia ao toque, afagos, e acalma
Vida em pequenas doses
Rei por um dia, refém para sempre
Suborno do bem, fúteis posses
E por mais que lute, fuga dormente
Não mais caminho pra frente
E leve e solto deixo ser levado
Sofro por tudo, mesmo acabado
Se queres viver, que tenha sorte
Banhos de angustia, regados a morte
Para que cresça de novo o amor
Derrube as paredes que cercam de dor
E por mais simples que se juntam
Estas palavras no fundo não mudam
Simples expor
Impossível transpor
O Menino e o Muro
Cai, e sara.
Condicional
E percebo a distância, e o tempo separa e destrói. E as promessas dissolvem ao vento. Se diluem ao sabor da fria transformação de corpo e alma. E se assim for o fim, melancólico, que seja transformado em mais um aprendizado, em mais uma volta nessa eterna montanha-russa. E se os passos se perderem nas diferenças dos caminhos, eles nunca mais serão seguidos. E se as trilhas forem esquecidas, nunca mais terá volta. E acaba.
O meu coração absorve, dor atrás de dor, e pulsa, ainda. Porque por mais forte que sejam as feridas, elas terminam em cicatrizes. E eu não despenco. Se não queres saber de mim, paciência, e os dias passam, e as noites chegam vazias, e as tempestades assustam mais que o normal. Se a solidão vencer, desisto. Mas nada ainda me fere mais que a indiferença.
Se os olhos são incapazes de ver o quanto brilha minha alma, esta cega. Se não sente a presença, está cega. Ou pelo menos se vendando.
E as vidas que estavam sendo contadas param subtamente.
E o que será agora? Um próximo capítulo ou uma nova história?
Vivo a vida assim. Sou a novidade que fascina, e a doença que não se cura. E sabemos da força que tenho, da pura magia de atrair próximo a mim boas coisas. E isto nunca vai parar. E nas noites que você se aproximar da solidão, vai me sentir. E dói, e não é pouco. E subornando essas dores você vai viver sem saber se foi ou não certo. Apenas verdade.
Guardo pra mim.
Sem fim
Mas ao mesmo tempo eu não acredito nesta felicidade, eu não acredito que essa seja a vida que mereço. O que preciso para me salvar? Porque eu preciso passar por isso? Essas perguntas rondam minha mente o dia todo, agonia. Muita dor, angustia é a palavra, eu preciso entender porque, mas não consigo. Fadado a isto? Onde eu errei, e porque eu devo passar por isso, volta sempre a minha mente.
Eu repito as palavras, porque elas me ferem, eu repito como um pedido de socorro que nunca pelo visto será ouvido. Não existe mais em meu coração a ganância que induz as pessoas a cometerem esses atos. Eu perdi essa gana, esse sentido pelo qual lutar. E não adianta, é impossível você entender, é impossível você conseguir me convencer que estou errado, porque ja tomou conta de mim, e me consome, triste.
As pessoas tentam me ajudar, mas é impossível.
Triste, porque nada tira esse sentimento de dentro de mim...
Ex-toque
E que talvez me faça sempre ter esse tipo de pessoa, ou que me enterre de vez em um poço sem fim, se isso for o que mereço. Mas não consigo, por mais que tente, subornar minha mente e todos os seus laços. Por mais que eu engane meus olhos, meu coração se mantém vivo, e me mantendo em pé.
E se mereço sofrer, e se na vida eu fiz o caminho que para Ele foi errado, eu devo sofrer. Mas no fundo eu sempre vou questionar, porque que eu preciso viver assim, porque que não como todos ou a grande maioria, eu não poderia apenas ser. Mas nada mais é que a pura verdade. E meu amor por ser assim é maior que o mundo, e não cabe apenas em um texto.
E aqueles que me criticam, que me xingam e me menosprezam, o gosto da minha derrota pode ser saboroso, mas o amargo da vitoria pode tardar mas não falha.
Eu sou isso. Me desculpo aqueles que não me compreendem, me desculpo aqueles que se inconformam com a sinceridade e honestidade de minhas palavras, e deixo avisado, que o dia que eu mesmo não mais enxergar dentro de mim, esta na hora da vida terminar. E que o dia que o meu sentido estiver perdido, esta na hora de terminar.
E se não consigo apenas ser eu, esta na hora de terminar.
Escravo Interno
Poço
E para aqueles que não acreditam em glória, sintam-se pequenos, eu não posso concordar e ser apenar o capacho do desconhecido. E reservo o direito de poder expor as marcas que recebi, e a incompreensão dos ignorantes não é bem vista. Não viro a outra face, e já tenho dito, revido aos seus golpes de chicote. Lamentos de frustração, eu escuto, eu sei que existem, eu não quero que ninguém pare.
E quando não mais a morte for vista como suborno, a vida será menos dolorosa.
Quando o fechar dos olhos salvar a minha alma, a história se tornará lenda.
Retrato I
Mudo
Desgovernado
Não quero contar historias, contos, ilusões. As vezes os dias são apenas reais, e sem as fantasias que maqueiam nosso redor. Quero os meus gritos no vazio. Quero que eles soem alto e forte. A algum tempo eu não me via aqui, agora, desperto em meio ao silêncio da noite, do frio que encolhe nossos corpos e contrai nosso sorriso, ocultando-o.
Ninguém a não ser você mesmo consegue tirar este sentimento de solidão de dentro. Mas o que isso importa para os outros, nada.
Quero não querer, não pensar em momento algum. Quero um coma induzido. Sem dor, sem ver o tempo passar. Quero apenas as lembranças de historias assim:
" E ele um dia sorriu para o mundo e seus olhos miravam o infinito. Respiração funda, suspiro, aperto de mãos e olhares cruzados. E ao seu lado poderia contar para tudo. Força, gana, vontade, vitória. E ele sabia que havia alcançado tenros pedaços de satisfação, agradecia. Lágrimas apenas de tanto sorrir, de se contemplar pequenos momentos. Vivendo sem medo, vivendo."
Acabou. Nua e crua realidade que destrói a força, pedaço por pedaço. E a vida, como já dito, matou o sonho que sonhei, e espero que um dia ela se faça justa, que se faça valer cada aperto no peito de angústia e vazio que assombra minha mente.
Vai.
Estupro
Rezando
Os olhos chamando, as vozes sem força para se fazer ouvir. Chamas da dor por todos os lados onde se pode respirar. E o que isso significa, nosso tempo de pensar. Tempo de enxergar alem, de sorrateiramente sentir as chances e as desilusões. As luzes que brilham sobre meus olhos, onde posso olhar para o céu e querer entender mais e mais sobre o desconhecido.
Saber quem eu sou, porque eu sou. E descobrir ao menos um propósito para entender. Jogo as palavras, salgo s boca e adoço os dedos, libertando a mente dia após dia. As vezes não lhe fará sentido, não ira te trazer satisfação ou propósito, mas esta cravado nas entranhas do tempo, sem nunca mais desaparecer. Desfrute do que quiser, faça de minha mente seu local de libertação, onde pode encontrar o que gostaria de sempre ver.
Loucos varridos, rezo, loucos varridos, amém.
Em Dobro
Distante
Brilho
N.R.G.S.
Fato
Satisfação pessoal, viver bem, conquistar coisas, sorrir, rir, viver a vida em sua plenitude, demonstrar amor, respeitar, ser respeitado, vencer, produzir, plantar, colher frutos, fazer amigos, se doar, ter família, encarar desafios, abraçar, construir uma história, trabalhar?
O que é a tristeza?
Frustação, decepcões, descobrir que se perde, perceber que se trai, adoecer, sentir remorso, perder, incompreensão, desrespeito, perder o rumo, não viver, não sentir, fome, hipocrisia, assassinatos, intolerância, perder amigos, perder amor, ser frio, drogas, perceber a solidão, ser ignorado, não ter apoio, amor vazio, palavras sem nexo, mentiras, falsas promessas, abandono, morte, viver um vazio, tapas, frustração, incapacidade, ser podado, chorar, sequestro, sucumbir ao fracasso, ser cobrado, perder um filho, perder a família, brigar com os pais, egoísmo, a realidade, vingança, ganância, abuso do poder, dor, depressão?
É, por aí...
Capítulo Três
Cova
Anestesia
2920 Dias
Refém
Transplante
Lobos
Sapato Preto I
Orvalho
Flerte com a Insanidade
Cativeiro
Chamas
Precipício
Luz branca
Mesmo Sem Querer
Marés...
Sim, espirito.
Trilha
Fast Forward
Vermelho Doce
De costas para frente
Camisa de Força
Se eu não estivesse aqui.
Sabe o que eu descobri!!??
Que eu, e muito provavelmente você, atrapalha a vida de quem merece na Terra.
Mas eu sei que você vai achar mil motivos para me contrariar, então vou dizer por mim.
Eu me toquei que atrapalho a vida dos ricos. Aliás, todos os pobres atrapalham.
Imagina que se não existem os pobres não existiriam os carros populares, nem as malditas Cgs que infestam nossas ruas e avenidas. Não existiria o motoboy, nem os camelôs, o que pra mim já faria uma diferença enorme.
O mundo foi criado para os "bens de vida", para aqueles que podem desfrutar de suas belezas naturais, com uma escala aqui, outro mergulho acolá. Com um jantar em Paris, e um almoço em Dubai. Esse é o mundo que todos pediram a Deus porém alguns poucos podem desfrutar.
Então que raios fazemos nós aqui a não ser atrapalhar?
Eu já tenho consciência disso. Não vou mais ficar me lamentando pelo fim que me espera. E também não vou sonhar com vidas futuras onde eu seria o que não consegui ser nessa.
E não tem nada a ver com pessimismo ou falta de coragem e tals. Apenas parei pra entender porque falta tanto pra tantos...
Somos estorvos.
Por nossa causa o mundo está poluído, super-saturado de tudo, de consumo, de objetos, de cimento, de gente.
O mundo só com os ricos seria praticamente vazio. Espaço pra todo mundo. Olha que beleza.
É só isso. Tomem nota...
...se eu sou um vírus, vocês também são!
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